Entre a soja da primeira safra que teve condições normais de cultivo e a de segunda safra que enfrentou 25 dias de seca, a diferença na produtividade é de 2 mil para 4 mil hectares em fazenda da Argentina.| Foto: Foto: Christian Rizzi
Produtores e especialistas relatam que produtores argentinos têm margem de lucro menor que a dos produtores brasileiros, por conta dos custos com impostos e arrendamento de terras. 
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Produtores e especialistas relatam que produtores argentinos têm margem de lucro menor que a dos produtores brasileiros, por conta dos custos com impostos e arrendamento de terras. 

Apesar dos problemas climáticos que a safra de soja e de milho de verão enfrentou, as lavouras argentinas entram na fase mais agitada da colheita com rendimento médio entre normal e bom, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem pelo país nesta semana. Os produtores da zona núcleo (onde concentra-se a maior parte das plantações, entre as províncias de Buenos Aires, Santa Fé e Córdoba) relatam estar atingindo marcas acima de 3 mil quilos por hectare. Segundo eles, a produtividade não é maior devido à falta de chuva entre janeiro e fevereiro deste ano. As enxurradas do plantio acabaram tendo reflexo menor que o previsto no resultado final.

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A produtividade média deve baixar porque, apesar de parte das lavouras de verão estar rendendo mais de 5 mil quilos, a segunda safra, ainda verde, também sofre interferência climática e tende a render marcas próximas de 2,5 mil quilos por hectare no pampa úmido, que abrange a zona núcleo. Desta forma, a média geral deve ficar abaixo da registrada nesta primeira fase da colheita. Por outro lado, ainda acima da registrada um ano atrás, quando faltou chuva paras a soja e o milho.

As máquinas avançam para a segunda metade da extensão plantada e continuarão trabalhando pelo menos até maio.  A Expedição Safra segue viagem pela região para conferir resultados em áreas mais periféricas, que, segundo o setor, sofreram mais com a seca que as da zona núcleo.