Neste verão, a soja ganha área num território ainda dominado pela cana-de-açúcar ao Sul de São Paulo, conferiu a Expedição Safra. Os produtores de grãos que haviam arrendado parte das fazendas as usinas nos últimos anos alegam que a redução nos índices de produtividade dos canaviais não tem viabilizado a cultura economicamente. Apesar da queda nos preços, a soja ainda tem oferecido boa rentabilidade.
Cerca de 130 mil hectares foram destinados à oleaginosa no Vale do Paranapanema, que abrange 16 municípios, conforme estimativa da Coopermota, cooperativa que atua na região. A área é 5% maior que a do ano passado. “A cana roubou terreno dos grãos em dois momentos na história recente. O primeiro foi na década de 1990 e o segundo, em 2004. Agora, há um retorno ao ciclo dos grãos. Acredito que a soja pode abocanhar 150 mil hectares”, diz o agrônomo da cooperativa, José Roberto Massud.
“A cana só é viável quando a produtividade fica acima de 200 toneladas por hectare. Isso ocorre até o quinto corte, se o produtor fizer os tratos exigidos”, afirma Antônio Ireno, que neste ano devolveu 48 hectares que estavam com a gramínea à soja. Diferentemente do que ocorria no passado, os canaviais têm sido alvos de pragas que exigem tratos com venenos, o que eleva os custos. Os produtores também se mostram inseguros em função da crise que atinge o setor sucroalcooleiro, que tem fechado as portas de unidades em todo o Centro-Sul do Brasil. Eles temem dificuldades de recebimento.
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