Irineu Tesser, de Vitorino, colhe o trigo para semear safra que promete expansão de produtividade na soja.| Foto: Marcelo Andrade/gazeta Do Povo
Expedição percorre lavouras de trigo no Sudoeste do Paraná antes de seguir viagem por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
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A colheita de trigo avança para o fim no Sudoeste do Paraná e anuncia a conclusão também do plantio de soja e milho. As áreas do cereal de inverno estão sendo liberadas com produtividade e rendimento acima dos últimos anos. E as previsões são de que esse quadro se mantenha no ciclo do verão.

A região de Francisco Beltrão e Pato Branco detém 11% da área e da colheita da soja do Paraná e ampliou o plantio em 5%, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná. “Esse avanço pode ser até maior. Na reta final, o milho estava menos vantajoso ainda na comparação com a soja”, apontou Ivano Carniel, técnico do Deral em Pato Branco.

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A expectativa é avançar também em produtividade, com três sacas a mais por hectare, apontam os técnicos do Sudoeste. Os produtores confirmam que, dependendo do clima, podem superar suas melhores marcas. “Se continuar assim, esperamos mais do quem na safra passada”, disse Irineu Tesser, de Vitorino. Ele teve 65 sacas de soja por hectare na colheta de 2012 e tenta chegar a 70 sc/ha nos próximos anos investindo em novas tecnologia.

A cooperativa Coopertradição confirma a expansão da oleaginosa sobre área do milho. O cereal foi reduzido a 12 mil hectares pelos 900 associados. Perdeu 3 mil ha para a oleaginosa, que atinge 38 mil ha, relata Alberto Santin, que monitora a produção de grãos e o mercado como diretor da empresa.

Os custos inibiram o cultivo de milho mas estimularam a soja, aponta Santin. Em sua avaliação, a oleaginosa vai garantir o equilíbrio econômico do verão e possivelmente também do próximo inverno.

A próxima safra de inverno terá aumento de área de trigo, aponta, mas com risco de queda de preços. “Ano que vem teremos mais trigo [diante do estímulo dos preços, que chegaram a R$ 50 a saca] e, por essa oferta maior, a tendência das cotações é cair na próxima colheita.”

A Expedição Safra segue viagem por Santa Catarina e Rio Grande do Sul até o fim de semana.

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