A nova edição da Expedição Safra Gazeta do Povo foi lançada oficialmente nesta quinta-feira (dia 20), em Marialva, no Norte do Paraná. O evento ocorreu no novo terminal intermodal da Seara Agronegócios, que vai embarcar grãos em comboios para transporte ferroviário até Paranaguá, e reuniu cerca de 100 pessoas, entre autoridades, técnicos e profissionais de toda a cadeia do agronegócio estadual. Representantes de mais 20 instituições agrícolas e 20 empresas privadas do setor se encontraram no evento.
Com o tema “Eficiência e competitividade, no campo e no mercado”, o levantamento técnico-jornalístico faz um diagnóstico da safra 2014/15, tanto no plantio como na colheita, percorrendo neste ciclo cinco países e 15 estados brasileiros, além do roteio extraordinário por três nações do Leste europeu.
Na ocasião, o coordenador do projeto e gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, destacou que o potencial da produção brasileira de grãos inicialmente estimado em 202 milhões de toneladas de grãos será revisado para baixo. A seca que atrasou os trabalhos de semeadura do ciclo atual "com certeza vai comprometer a área de segunda safra nos dois maiores estados produtores do cereal (Mato Grosso e Paraná)", apontou Ferreira.
O volume total colhido das lavouras corresponde a uma área ocupada por soja e milho de 56,4 milhões de hectares. Na temporada passada, o país produziu 195 milhões de t.“A produção e a área continuam crescendo, mas a taxas mais adequadas em relação as temporadas passadas. O novo ciclo será sustentável, de acordo com a demanda”, destacou Ferreira.
Dentro da previsão geral da Expedição, a produção de soja é de 94,5 milhões de toneladas, 32,3 milhões de t de milho de verão e 43,1 milhões de t do cereal safrinha. “Estamos no campo pesquisando quanto será essa redução e revisão os números”, disse o coordenador do projeto.
No Paraná, os primeiros números da safra 2014/15 apontam 17,5 milhões de toneladas de oleaginosa, 5 milhões de t do cereal de verão e 9,9 milhões de t na safrinha.
O anfitrião do evento, Santos Zanin Neto, presidente da Seara, destacou a importância do trabalho técnico desenvolvido pelo projeto e do novo terminal para a região e para o agronegócio do Paraná. “O trabalho da Expedição Safra ajuda a entender o mercado. O setor precisa de informação para traçar projetos”, disse.
O terminal da Seara em Marialva está operando há 60 dias, após um investimento de R$ 70 milhões. A construção tem capacidade operacional de 4,5 milhões/ano. Os grãos carregados no local serão destinados aos portos de Paranaguá, no Paraná, e São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
Novas rotas
Até o momento, as equipes da Expedição Safra percorreram os três estados da região Sul e São Paulo, o Paraguai e os Estados Unidos. Nas próximas semanas, técnicos e jornalistas do projeto percorrem as regiões produtoras do Centro-Oeste brasileiro, com visitas aos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A primeira etapa da sondagem termina na região conhecida como Matopiba, formada pelos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola do Brasil. Na fase colheita, as equipes percorrem novamente os estados para conferir se as expectativas aferidas no plantio foram confirmadas. Os indicadores ao término de cada fase da Expedição.
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