As lavouras de soja de São Paulo, entre as mais adiantadas do país, entram na fase de formação de vagem e deflagram batalha contra doenças e pragas. A previsão de que o ano seja chuvoso faz com que aumente o temor de proliferação do fungo da ferrugem asiática. A Expedição Safra registrou que, na principal região de produção de grãos paulista, o Sudoeste, as máquinas percorrem aceleradas plantações do início de outubro, entre uma chuva e outra. O quadro deve se repetir em outros estados, que estão encerrando a semeadura.
Lavouras plantadas em outubro estavam sem aplicações devido à continuidade das chuvas. Precipitações em excesso criaram até pequenos lagos no meio das plantações no Sudoeste paulista. Fazendas da região preservam casas antigas da época em que o café ocupava grandes áreas. O produtor Adilson Andreotti, de Cândido Mota, espera repetir marca de 3,7 mil quilos de soja por hectare, apesar da umidade elevada. Expedição Safra percorre lavouras e entrevistas agrônomos e distribuidores de insumos para levantamento de dados sobre soja e milho e de verão no Sudoeste de São Paulo. O superintendente da Coopermota, Sandro José Amadeu, avalia que 20% da soja que está no campo foram vendidos e que produtor vai esperar para fechar negócios nos próximos meses por acreditar que os preços não devem cair substancialmente, devido ao real alto na conversão para o dólar. O gerente comercial da Sprytec, Marco Aurélio Silva, aponta que manejo concentra atenção do setor neste ano. Em dia de prevenção de acidentes de trabalho, colaboradores da Coopermota fazem também testes de saúde como o do diabetes. O distribuidor de insumos José Eduardo Boquembuzo, o agricultor Luiz Carlos e o gerente comercial da Spraytec, Marco Aurélio Silva, percorrem lavoura que chegou na fase de formação de vagens. Plantações de São Paulo foram semeadas na época correta, em três grandes levas, e estão entre as mais adiantadas do Brasil nesta temporada. Depois de percorrer região que mais cultiva grãos de São Paulo, Expedição Safra segue viagem pelo Norte do Paraná. Controle de pragas e doenças é feito logo que a umidade do ar baixa. Ação dos produtos depende de trégua nas chuvas. O temor do Sudoeste Paulista é que a ferrugem asiática se alastre, exija aplicações extras e, onde não houver aplicações suficientes, provoque queda de produtividade. Por enquanto, o próprio clima tem colaborado com a condição sanitária das plantas. A ferrugem está sob controle e não há pressão de lagartas como nos últimos anos.