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Embora já utilize a Intacta na maior parte das lavouras, o produtor Marco Bruschi Neto não abriu mão do plantio da tecnologia anterior (RR) em alguns talhões dos 600 hectares dedicados à oleaginosa. | /
Embora já utilize a Intacta na maior parte das lavouras, o produtor Marco Bruschi Neto não abriu mão do plantio da tecnologia anterior (RR) em alguns talhões dos 600 hectares dedicados à oleaginosa.| Foto: /

Em meio à chuva que atinge as principais regiões produtoras de grãos do Paraná, a Expedição Safra 2015/16 deu sequência ao acompanhamento das lavouras no Norte do estado. Nas regiões de Londrina e Maringá, técnicos e jornalistas verificaram que a adesão à tecnologia de controle de lagartas Intacta RR2 PRO, da multinacional Monsanto, está ganhando terreno, mas ainda não se consolida como uma unanimidade.

Na avaliação dos produtores, por ser uma tecnologia recente, ainda existe incerteza sobre o real desempenho das opções disponíveis no mercado. Além disso, nesta temporada, a presença de lagartas dos gêneros Helicoverpa e falsa-medideira (Pseudoplusia includens) é menor por causa do clima mais ameno, apontam os técnicos. “O aumento da umidade em virtude da ocorrência de mais chuvas nesta safra reduziu a pressão das pragas”, contextualiza o gerente técnico da cooperativa Integrada (Londrina), Irineu Baptista.

Na região de Maringá, as áreas da cooperativa Cocamar ampliaram a participação das sementes com a tecnologia Intacta de 25% das lavouras na última temporada para 70% neste ano, conta o agrônomo e o coordenador técnico da cooperativa, Emerson Nunes. Para o próximo ano, contudo, o quadro está indefinido. “Não sabemos qual será o comportamento para o ano que vem. É difícil saber se haverá aumento da participação, retração ou estabilidade”, detalha. Como é preciso fazer o plantio do refúgio em 20% da área, a ocupação máxima da tecnologia é 80% das lavouras plantadas. “Há muitos materiais novos chegando ao mercado”, acrescenta.

Embora já utilize a Intacta na maior parte das lavouras, o produtor Marco Bruschi Neto não abriu mão do plantio da tecnologia anterior (RR) em alguns talhões dos 600 hectares dedicados à oleaginosa. “Ainda não existem muitas variedades que nos deem certeza de que a produtividade será alta”, diz. Em algumas regiões técnicos e produtores revelam que as sementes RR estão registrando rendimentos superiores ao das novas cultivares.

Além da resistência ao herbicida glifosato, a soja da tecnologia Intacta também conta com a tecnologia Bt, que garante a eliminação das lagartas e promete redução nos custos com inseticidas. Ela apresenta custo superior em virtude do pagamento de royalties, que deixaram de ser cobrados pela tecnologia anterior (RR). Ela foi lançada oficialmente no Brasil na safra 2013/14.

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