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colheita

Soja convencional desbanca renda de transgênicos nos Campos Gerais

Na região da cooperativa Castrolanda cerca de 30% dos 90 mil hectares dedicados a oleaginosa receberam grãos não-transgênicos. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Na região da cooperativa Castrolanda cerca de 30% dos 90 mil hectares dedicados a oleaginosa receberam grãos não-transgênicos. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

A Expedição Safra Gazeta do Povo retomou nesta semana os trabalhos de campo para conferir o andamento da colheita da temporada 2015/16 em uma incursão pelos três estados do Sul do Brasil. E logo na primeira parada, na região de Castro, nos Campos Gerais, foi possível conferir que o cultivo de soja convencional ainda consegue ser uma opção rentável e capaz de ocupar áreas abrangentes, mesmo com o amplo domínio das sementes geneticamente modificadas.

Na região da cooperativa Castrolanda cerca de 30% dos 90 mil hectares dedicados a oleaginosa receberam grãos não-transgênicos, explica o gerente agrícola da cooperativa, Márcio Copacheski. “Somos um reduto de soja convencional. Com os contratos de venda disponíveis e o prêmio pago ao produtor o retorno do investimento está sendo maior do que nos transgênicos”, aponta.

Além de incremento na remuneração, pesa a favor da região o fato de possuir uma cultivar bem adaptada as características de clima e relevo. “O teto produtivo é o mesmo das tecnologias de ponta disponíveis para os transgênicos”, acrescenta Copacheski.

A única dificuldade apontada pelos produtores é que há apenas uma variedade disponível para plantio na região: a BRS 284, fornecida pela Embrapa.

Mesmo assim isso não tira a empolgação de quem aposta na cultura, como o agricultor Erik Petter, que ocupa 40% dos 2 mil hectares dedicados a oleaginosa com grãos convencionais. “O bônus pago é interessante, e como eu possuo armazém consigo fazer a segregação dos grãos, recebendo mais por saca”, revela.

Após a passagem pelos Campos Gerais a equipe de técnicos e jornalistas segue numo ao Norte do Paraná, percorrendo as regiões de Maringá e Londrina. O roteiro ainda contempla o Oeste e Sudoeste paranaense, além de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

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