Confira os bastidores da Expedição Safra na região Sul do Brasil

Em roteiro de 2,5 mil quilômetros, Expedição Safra visitou principais zonas de produção de grãos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Técnicos e jornalistas se reuniram com cooperativas, produtores e representantes de entidades para fazer diagnóstico da safra de grãos na região.

Chuva das últimas semanas preocupou produtores que estavam com a lavoura em ponto de colheita, como os irmãos Onivaldo e Osvaldo Dante, de Cambé, no Norte do Paraná.

Em algumas lavouras, grãos germinando já dão indício de que a safra paranaense pode sofrer novo impacto na reta final do ciclo de produção.

Mesmo os grãos não germinados podem sofrer, pois o excesso de água pode reduzir o rendimento da soja na indústria, apontam os técnicos.

Áreas em ponto de colheita aguardam trégua da chuva para que colheitadeiras possam entrar.

Para garantir produtividade no longo prazo o controle preventivo de problemas como as plantas daninhas resistentes aos herbicidas é fundamental, dizem os coordenadores técnicos da Cocamar, Rafael Furlanetto e Emerson Nunes.

Corrida contra o tempo: áreas de soja ainda não colhidas estão no limite para receber sementes de milho safrinha. Em áreas já consolidadas o desempenho é considerado favorável.

Mais do que excesso de água, produtores demonstram preocupação quanto ao risco de geadas para as lavouras de milho.

Fim de uma era: Eucir Brocco, produtor e diretor secretário da Coopetradição, em Pato Branco, mostra áreas de soja safrinha. Cultivo será proibido a partir do próximo ciclo, afetando diretamente a produção da região.

Campos do Sudoeste que receberam milho estão servindo de referência para a definição de cultivo na próxima temporada.

Cultivo de milho safrinha tende a ganhar terreno nas áreas onde não será possível fazer a segunda safra de soja, explica o chefe do Deral em Pato Branco, Ivano Carniel.

Tempo fechado marcou roteiro da Expedição Safra nos três estados percorridos na região Sul.

Entardecer embeleza campos de soja nos três estados do Sul.

Com problemas na reta final da safra o Paraná dificilmente colherá 18 milhões de toneladas de soja nesta safra, estima o presidente da Aprosoja Paraná, José Sismeiro, de Goioerê.

Mesmo quem plantou milho ainda espera para semear o resto das áreas, como o agricultor Laércio Pereira da Silva.

Alta nos preços médios da soja e do milho foi inferior ao salto nos custos de produção, o que ainda torna o cultivo de grãos rentável no estado, avalia o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Expedição volta a campo nesta semana para cumprir roteiro na fronteira agrícola do Matopiba.