A onda de roubos no campo está fortalecendo um mercado paralelo de comércio de máquinas e produtos agrícolas. Por serem específicos para a atividade de plantio e colheita, produtores e profissionais que atuam em revendas e cooperativas são unânimes em afirmar que os produtos resultados dos roubos já estão negociados com outros agricultores.
Esse foi o destino do trator do produtor Edieliton Guimarães de Paulo, roubado no ano passado. A máquina foi encontrada em outra fazenda, sendo utilizado para o plantio da safra.
“O agricultor que estava com a máquina disse à polícia que não sabia que era roubado. Mas é estranho alguém comprar um trator sem saber a origem do produto”, diz Guimarães. Sem provas, o produtor de Campinorte saiu ileso do processo.
Para o gerente da Coopercitrus, José Wilson Vilela, alguns fatores estão contribuindo para o aumento dos assaltos no campo. Além da supervalorização dos produtos cotados em dólar, a dificuldade de obtenção de crédito por conta da alta da inadimplência também movimenta o mercado ilegal.
“A falta de crédito nos bancos acaba fomentando um mercado paralelo. Muitos produtos não consegue dinheiro para investir e acabam recorrendo a esse segmento ilegal, que é mais parado que comprar nas concessionárias e/ou revendas”, destaca Vilela. (CGF)
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