Se em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as chuvas preocuparam os produtores durante a colheita, em Goiás a safra de soja foi quase perfeita, praticamente garantindo a produção recorde na região Centro-Oeste. Goiás é o quinto estado que mais colhe soja no país.
Para a temporada 2016/17, o volume estimado inicialmente pelo Agronegócio Gazeta do Povo para os goianos está em 10,8 milhões de toneladas, contudo, em importantes polos produtivos, como Itumbiara e Rio Verde, as produtividades estão bem acima do esperado, batendo a casa de 60 sc/ha, aumento de quase 20% em relação ao ciclo anterior.
Mesmo os que tiveram perdas, não se saíram mal: seu Sílvio Wegener, por exemplo, cultivou 1,2 mil hectares em Rio Verde e conseguiu um desempenho médio de 63 sc/ha, apenas três sacas abaixo da safra passada. “Nós tivemos um veranico de 20 dias em outubro, mas foi algo muito localizado, nas outras propriedades não teve isso. Eu achei que a nossa produtividade iria cair muito, mas choveu novamente e recuperou”, explica o produtor.
A poucos quilômetros dali, na propriedade da família Lander, a situação foi bem diferente. “Faltou máquina, o que não faltou foi conversa”, brinca Davi Lander, lembrando que vários parentes ajudaram no plantio antecipado por conta das condições favoráveis. A semeadura terminou praticamente na primeira quinzena de outubro. “Tivemos problemas de seca nas últimas três safras, nesta é que conseguimos recuperar”, completa. Ao todo, os Lander plantaram 370 hectares com soja e terminaram a temporada com rendimento médio de 59 sc/ha, 15 sacas a mais do que no ciclo anterior.
Na cooperativa Comigo, que abrange 1,3 milhão de hectares na região de Rio Verde, o presidente Antônio Chavaglia diz que a produtividade acima das 60 sc/ha é a maior que os cooperados já conseguiram em 42 anos, e isso com 90% da área colhida. “Houve oportunidade de plantar mais cedo, em outubro, isso adiantou em 15 dias o plantio”, afirma. “No ano passado, a produtividade tinha sido de 55 sc/ha. Neste, o clima favoreceu e as pragas foram bem controladas, houve janela para fazer as aplicações direitinho”, salienta Chavaglia.
Além dos preços, que rondaram os R$ 80/sc, mas agora estão em, no máximo, R$ 62/sc, a preocupação é com a safrinha. Produtores têm se queixado bastante do reaparecimento da cigarrinha, praga relativamente nova na região e que, pelo menos nas poucas áreas de milho verão cultivadas em Goiás, levantou relatos de perdas quase que totais. “A cigarrinha está violenta, teve produtor que já fez cinco aplicações e não sabe se vai adiantar. É um risco que temos para a safrinha”, reforça o presidente da Comigo.
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