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Expedição Safra

Sem boicote de montadoras, faturamento do Show Rural vai passar de R$ 1,5 bilhão

Entre os expositores, o clima é de confiança, mas ainda com o pé no chão. | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Entre os expositores, o clima é de confiança, mas ainda com o pé no chão. (Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo)

No primeiro grande evento do ano, setor que teve redução de produtividade em algumas regiões em 2016 dá sinais de que vem forte para 2017.

Entre os participantes do Show Rural, é unânime: se o evento - o primeiro grande encontro do agronegócio da América Latina - vai bem, o agro também irá nos meses seguintes. E, ao que tudo indica, 2017 será um ano de ouro para a agropecuária.

Nesta quarta-feira (8), ainda no terceiro dia da feira promovida pela Coopavel entre 6 e 10 de fevereiro, em Cascavel, a organização já divulgava que o movimento financeiro e de público devem superar as expectativas.

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, afirma que nos três primeiros dias passaram pela feira 150 mil visitantes, o que faz do evento desse ano a maior edição da história. “Em termos financeiros, no ano passado o Show Rural movimentou R$ 1,2 bilhões. Nos três primeiros dias, nesse ano, já movimentamos R$ 1 bilhão. Acreditamos que vamos ultrapassar a marca dos R$ 1,5 bilhão que nós tínhamos previsto”, entusiasma-se.

O Show Rural já chegou a faturar R$ 2 bilhões, mas, no ano passado, com a crise econômica, o boicote das sete grandes montadoras de máquinas agrícolas do país – Case e New Holland (do grupo CNH Industrial), Valtra e Massey Ferguson (do grupo AGCO), John Deere, Agrale e Agritech e a queda na produção, o volume diminuiu.

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Entre os expositores, o clima é de confiança, mas ainda com o pé no chão. Leonel Oliveira, gerente de vendas da Massey Fergusson no Brasil, contextualiza que a política fez o país perder o primeiro semestre em 2016. “Esse ano começa com uma expectativa de super-safra, os ânimos estão diferentes. É claro que o Brasil é um continente e é preciso manter a cautela, mas com o câmbio nos níveis atuais, com a China continuando com a sua importância e importando nosso produto, para o nosso negócio é um ano favorável”, diz. Ele menciona que o plano de pré-custeio e a chegada do Plano Safra, na segunda metade do ano, colocarão verba disponível para concretizar a retomada nas vendas de máquinas.

No calor de quase 35°C dentro da cidade que é o Show Rural, José Luiz Rabuske é um símbolo desse momento promissor. Com uma área de 40 hectares, ele quer comprar um trator mais potente que o atual. Depois de subir no modelo novinho em folha, saiu convencido: pretende fazer a troca já nos próximos meses, quando terminar a colheita da soja e do milho. “Dependo de financiamento, mas com uma boa produtividade, apesar de os preços estarem menores do que no ano passado, dá para se animar e apostar em melhorar o maquinário”, resume.

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