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Expedição Safra

Paraguai trabalha para tomar mercados dos Estados Unidos

Iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo,a Expedição Safra chegou nesta segunda-feira ao Paraguai, onde foi realizado um seminário na Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco) | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo,a Expedição Safra chegou nesta segunda-feira ao Paraguai, onde foi realizado um seminário na Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco) (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A área total das principais culturas (milho, soja, trigo, algodão, sorgo, cevada, aveia e arroz) dos Estados Unidos está estagnada. Nesta safra, deverá ser de 103,3 milhões de hectares, tamanho semelhante aos registrados nos últimos cinco anos. Sem espaço para expansão agrícola, os olhos se voltam para América do Sul, principalmente para Brasil, Argentina e Paraguai.

Só o Paraguai, por exemplo, pode ultrapassar a marca das 15 milhões de toneladas de soja nos próximos dez anos. No ciclo passado, o país produziu 10,5 mi de toneladas. “A produção paraguaia de soja aumentou 43% na última década. A de milho aumentou 60%, mesmo com queda de área. Nos próximos dez anos, o país pode aumentar em 50% a produção. Há espaço e demanda para isso”, afirma Giovani Ferreira, coordenador do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo.

Ferreira foi um dos palestrantes do segundo seminário da Expedição Safra 2017/18, que aconteceu na Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco), em Assunção, no Paraguai. “A duplicação da Ruta 2, que liga Assunção a Ciudad de Este, a impressionante rede de hidrovias e a agricultura na região do Chaco mostram que a atividade pode evoluir muito mais e em menos tempo”, complementa.

O que dizem os paraguaios?

Sonia Tomassone, técnica da Capeco, apresentou dados sobre o atual momento da agricultura no Paraguai. “O consumo interno de grãos está crescendo no País, estamos agregando valor com a criação de aves e suínos. Pela primeira vez, nós importamos milho. E temos a maior indústria de Etanol da América do Sul, que está em ampliação”, conta.

A especialista também destacou o crescimento na produção de arroz. “Nós produzíamos apenas 130 mil toneladas há cinco anos, apenas para consumo no Paraguai. Atualmente, produzimos 650 mil toneladas e temos 43 mercados habilitados. Inclusive, começamos a produzir variedades específicas”, revela.

Coordenador de marketing da Agrotec, maior empresa de distribuição de defensivos e fertilizantes do Paraguai, o engenheiro agrônomo Sidinei Neuhaus falou sobre a importância do manejo, correção de solo e fertilização correta. “A Agrotec não é apenas uma empresa que fornece produtos, nosso maior desafio é levar informação para o produtor. Uma aplicação bem feita, um controle rigoroso de pragas e doenças traz resultados. A média de produtividade dos nossos clientes é 38% acima da média nacional”, diz.

A Agrotec foi fundada em 1990 pela família Zanchet. Atualmente, ela é uma das cinco empresas que compõe o grupo Agrihold. No Brasil, a empresa que faz parte da holding é a Alta. No Paraguai, a empresa tem 14,7% do mercado de fertilizantes e 12,5% de defensivos. A Agrotec também atua no financiamento de safras.

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