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Expedição Safra

Produtores do Centro-Oeste estão otimistas com a chegada da colheita

A média de produtividade do Mato Grosso na safra passada foi de 55,4 sacas por hectare. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A média de produtividade do Mato Grosso na safra passada foi de 55,4 sacas por hectare. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

A colheita da soja, principal cultura agrícola do Brasil, começou nesta semana no maior produtor nacional: Mato Grosso. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 1,3% dos 9,39 milhões de hectares semeados naquele estado foram colhidos. O percentual está abaixo do registrado na última safra (5,33%) e da média estadual (2,9%).

Segundo o produtor Lucas Costa Beber, de Nova Mutum, o avanço mais retraído nesta safra é decorrente dos atrasos na semeadura e, principalmente, dos grandes volumes de chuvas registrados em grande parte do Estado. “As primeiras áreas que colheram erra irrigadas e aquelas áreas de sequeiro que foram plantadas em setembro e que pegaram um bom volume de chuvas”, explica. Lucas Beber também é diretor da Aprosoja-MT.

De acordo com Beber, a colheita vai ganhar volume na primeira quinzena de fevereiro, se o tempo permitir. “Tem chovido todos os dias. Os produtores que colheram, tiraram a soja com bastante umidade. A produtividade também está um pouco abaixo da safra passada, entre 5% e 8%”. A média de produtividade do Mato Grosso na safra passada foi de 55,4 sacas por hectare. O Mato Grosso também começou a semeadura do milho safrinha. No entanto, o plantio não atingiu nem 1% da área estimada, que é de 4,2 milhões de hectares.

No Mato Grosso do Sul, estado que vem na esteira do vizinho, a colheita ainda não começou. O atraso foi provocado por uma estiagem que atingiu as lavouras durante a semeadura. Segundo dados da Famasul, cerca de 33% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 44% em floração e 23% em frutificação. Foram semeados 2,6 milhões de hectares.

Acompanhe nesta quarta-feira como está a situação das lavouras no Sul do país

Anderson Luis Guido, coordenador do departamento agronômico da Copasul, de Naviraí, ao Sul de Mato Grosso do Sul, quase na divisa com o Paraná, conta que as chuvas dos últimos, que variam de 20 mm a 30 mm, melhorou o humor dos produtores. “As lavouras estão excelentes. O potencial produtivo é alto. Estamos sem incidência de pragas ou doenças, apenas alguns focos isolados e controlados”. A colheita no estado deve se concentrar em fevereiro.

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