O ciclo das lavouras de verão teve uma arrancada histórica no Paraná: ajudados pelas condições de umidade, os produtores aceleraram o plantio e no dia 1º de outubro já tinham semeado 30% dos 5,7 milhões de hectares dedicados à soja no Paraná.
A mesma chuva que tanto estimulou na largada, no entanto, foi também a responsável pela desaceleração abrupta do ritmo das plantadeiras. Em Ponta Grossa, por exemplo, segundo o meteorologista Lisandro Jacobsen, do Simepar, já choveu até o dia 25 de outubro um total de 210 mm, 40 mm acima da média. Em Londrina, as precipitações estão de 70 a 80 mm acima da média do mesmo período.
“Nesse ano estamos com um clima típico de Primavera, com chuva mais frequente atingindo todas as regiões. Ao contrário do ano passado, quando houve períodos secos, com até 15 dias sem chuva”, avalia Jacobsen.
Os produtores torcem agora por um maior equilíbrio entre dias de sol e chuva que possibilite a entrada das máquinas no terreno e a continuidade da semeadura. Para o meteorologista Luiz Renato Lazinski, no ciclo atual, “o clima não vai ser o ideal, mas vai garantir uma safra cheia”.
As oscilações do clima foram apenas uma das constatações da primeira semana de estrada da Expedição Safra 2018/19, projeto realizado há 13 anos pelo Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo e que visita as principais regiões produtoras de grãos do Brasil e da América do Sul, com incursões nos Estados Unidos e outros países do hemisfério norte.
Confira, nos links abaixo, as reportagens que contam em mais detalhes a situação das lavouras e a expectativa dos produtores paranaenses.
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