O Brasil registra irregularidades climáticas no plantio, mas deve colher mais de 100 milhões de toneladas de soja, prevê a Expedição Safra Gazeta do Povo, que inicia sondagem para conferir o potencial das lavouras de verão em 16 estados. Com técnicos e jornalistas em campo, percorrendo o Centro-Oeste, o projeto lança projeção nacional para a oleaginosa e para o milho, culturas que competem por área e determinam como será a temporada 2015/16 no país.
A safra de soja promete expansão de 4,9% sobre a última colheita, somando 100,3 milhões de toneladas. Os técnicos da Expedição consideram tendência de aumento na área plantada (3,1%), que deve atingir 32,4 milhões de hectares, e na produtividade (1,7%), estimada em 3,1 mil quilos por hectare. As comparações usam como base os números finais da Expedição Safra de 2014/15.
A tendência deve-se à sustentação de cotação 20% acima da praticada no plantio de 2014 para a oleaginosa – hoje paga-se R$ 67 por saca no Paraná – e à rentabilidade menor do milho, cuja produção recua globalmente. O Brasil tende a produzir volume 6,3% menor do cereal na safra de verão, limitando-se a 30 milhões de toneladas. Isso mantendo produtividade em 5 toneladas por hectare. A área é de 6 milhões de hectares – 5,5% menor que a de um ano atrás.
Dois terços das lavouras de verão foram implantados sob condições distintas, com chuvas no Sul e tempo seco no Centro-Oeste. Nessas duas regiões, as plantadeiras recuperam tempo perdido. No Centro-Norte, onde o plantio começa mais tarde, a expectativa é que haja umidade para que a implantação das lavouras no tempo correto, até meados de dezembro.
Os expedicionários, conferem, estado por estado, as consequências do El Niño, um dos mais severos já registrados. As chuvas, fartas no Sul e irregulares em outras regiões, interferem no manejo e redesenham a colheita e o escoamento. Confira números projetados de 2015/16 pela Expedição Safra no site em www.agrogp.com.br.