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Crise

Visões negativas sobre o Brasil estão diminuindo, diz líder de empresa de equipamentos agrícolas

O vice-presidente de Vendas e Marketing da AGCO América do Sul, Werner Santos | Antonio Costa / Agencia de Noticias Gazeta do Povo/Antonio Costa / Agencia de Noticias Gazeta do Povo
O vice-presidente de Vendas e Marketing da AGCO América do Sul, Werner Santos (Foto: Antonio Costa / Agencia de Noticias Gazeta do Povo/Antonio Costa / Agencia de Noticias Gazeta do Povo)

O vice-presidente de Vendas e Marketing da AGCO América do Sul, Werner Santos, afirmou ao Broadcast Agro que “as visões negativas” do exterior em relação ao País vêm diminuindo à medida que os brasileiros estão buscando superar o período turbulento na política e na economia. Santos se mostrou otimista com relação aos negócios da empresa no Brasil, dada a trajetória positiva da agricultura no País.

“Cabe a nós brasileiros, em cada oportunidade que temos, mostrar um Brasil diferente, porque temos coisas fantásticas aqui”, disse o executivo da fabricante e distribuidora mundial de equipamentos agrícolas, durante a 39ª Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), que ocorre até o próximo domingo (4) em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Segundo Santos, o mundo “depende do Brasil” para a produção de alimentos e esta necessidade só tende a aumentar, o que beneficia a indústria de máquinas e implementos agrícolas.

A visão do executivo sobre o cenário atual é semelhante ao discurso de praticamente todas as montadoras presentes na feira: após vários meses de queda, o setor vive um momento de retomada que começa neste segundo semestre e terá continuidade no ano que vem.

Santos lembra que as principais commodities produzidas pelo Brasil estão com “preços bons”. Também há uma perspectiva de estabilização do clima, após uma temporada de chuvas em excesso por causa do fenômeno El Niño, e confiança do agricultor está maior. Além disso, as condições de crédito, ele diz, hoje exercem um impacto “mais normal” sobre a cadeia, na comparação com 2015. E o câmbio “mostra um equilíbrio maior”, tanto para fabricantes como para produtores.

“O momento em que estávamos na última Expointer, exatamente um ano atrás, era muito diferente”, resumiu. Ele entende que o setor deverá apresentar uma recuperação no segundo semestre ante igual período de 2015. Mas isso não será suficiente para evitar uma queda no fechamento do ano. Já 2017 deverá ser ligeiramente melhor que 2016. “Todos os fatores apontam para isso. Então temos que olhar de uma forma um pouco conservadora, mas com um otimismo de melhora de mercado.”

Neste período de retomada, explica o executivo, a estratégia da AGCO - detentora das marcas Massey Ferguson e Valtra - passa pelos concessionários. “É importante que eles estejam com saúde financeira para dar o melhor atendimento possível ao produtor”, disse Santos, acrescentando que o AGCO Finance, banco próprio do grupo, financia tanto o cliente como os próprios concessionários, que precisam formar seus estoques.

Tecnologia

Outro ponto considerado fundamental é a tecnologia. “Vinte anos atrás uma produção de 30 sacas de soja por hectare estava na média do setor. Atualmente, a realidade brasileira é uma média de 65 sacas por hectare. Isso saiu da tecnologia”, disse. “Ano que vem devemos entrar com novos produtos, buscando sempre uma atualização das necessidades de mercado.”

Investimentos Santos reconhece que, embora a estratégia de investimento da AGCO seja de longo prazo, a perspectiva de retomada do setor “diminui a pressão” e favorece o desenvolvimento de novos projetos. No fim de agosto, já durante a Expointer, a AGCO fechou um acordo comercial para a compra do espaço predial da unidade da IIAA (International Indústria Automotiva da América do Sul) em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O local fica ao lado da fábrica que a AGCO já tem na cidade. “Foi um negócio de oportunidade”, revelou Santos. Existe a possibilidade, segundo ele, de modernizar a operação em Canoas e, deste modo, aumentar a linha de produção e o portfólio de produtos - hoje, a unidade faz tratores e pulverizadores.

A AGCO não revela o valor do investimento, mas explica que aposta na expansão daquela fábrica como estratégia para fortalecer sua presença no Sul do País. Este é segundo aporte anunciado recentemente pelo grupo no Rio Grande do Sul. Nos próximos cinco anos, serão destinados US$ 10 milhões para a ampliação da fábrica localizada em Ibirubá, no norte do Estado. Atualmente, esta unidade produz plantadeiras e implementos agrícolas. “Quem investe está pensando em crescer, pensando em trazer novas tecnologias, acreditando na importância da agricultura brasileira”, afirmou Santos.

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