Mesmo com a crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus, as exportações de carne suína e de frango no Brasil cresceram em 2020, o que dá uma perspectiva positiva para este ano de 2021 na visão da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A Ásia, África e Europa demandaram muito do alimento brasileiro e mantiveram a alta, segundo a instituição. O mercado asiático, por exemplo, representou 80% do total das exportações da suinocultura brasileira.
No ano passado, as exportações brasileiras de carne suína registraram recorde histórico – com 1,02 milhão de toneladas (+36% a mais do que em 2019). Já as exportações brasileiras de carne de frango encerraram o ano de 2020 com alta de 0,4% em relação ao ano anterior, com total de 4,23 milhões de toneladas.
“Os bons resultados na maior parte das regiões importadoras de carne de frango mostram a forte capilaridade das exportações brasileiras e reforçam as boas expectativas para os embarques em 2021, com a recuperação dos níveis de importações, em especial, para os principais destinos do Oriente Médio”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Principal destino das exportações de carne de frango do Brasil, a Ásia importou 1,635 milhão de toneladas nos 12 meses de 2020, resultado 5,8% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Principal destino das exportações brasileiras, com 16,3% do total, a China importou só de carne de frango 673,2 mil toneladas (+15%). Singapura e Vietnã importaram, respectivamente, 124,2 mil toneladas (+27%) e 53,1 mil toneladas (+105%)
Já para a África foram destinadas 555,7 mil toneladas ao longo do ano, resultado 5,1% maior em relação a 2019. Um dos destaques foi o Egito, com 58,7 mil toneladas (+15%).
Para a União Europeia (sexto principal destino das exportações brasileiras, considerada como um único mercado) foram exportadas 252,2 mil toneladas em 2020, volume 1% superior ao realizado no mesmo período de 2019.
Já para os países de fora da União Europeia foram embarcadas no ano passado 120,3 mil toneladas, número 10,1% maior em relação ao efetivado no mesmo período de 2019. A Rússia é o destaque da região, com 83,9 mil toneladas (+30%).
Carne suína
No que diz respeito à carne suína, a Ásia importou 800,2 mil toneladas em 2020, volume que superou em 66,9% o desempenho registrado ao longo de 2019. A China, líder entre os países importadores (com 50,7% de participação das exportações totais do Brasil) foi destino de 513,5 mil toneladas, volume 106% superior ao exportado em 2019. Vietnã, com 40,3 mil toneladas (+198%), Cingapura, com 52,1 mil toneladas (+50%) e Japão, com 11,5 mil toneladas (+91%) também apresentaram alta nas vendas no ano passado.
Os países da África também se destacaram entre os destinos, com 60,9 mil toneladas (+5,3%). O mercado angolano é o maior destino da região, com 28,4 mil toneladas (+5,6%).
“Os impactos da Peste Suína Africana na Ásia, que determinaram o ritmo das vendas de 2020, devem continuar a influenciar as vendas dos exportadores brasileiros no mercado internacional em 2021”, disse o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
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