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Embarques crescem em real, mas caem bem mais em dólar. | Daniel Castellano / AGP/Daniel Castellano / AGP
Embarques crescem em real, mas caem bem mais em dólar.| Foto: Daniel Castellano / AGP/Daniel Castellano / AGP

A redução dos preços das commodities no mercado internacional [em dólar] será responsável por um tombo no valor das exportações do agronegócio brasileiro em 2015, mostra relatório divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepa), da Esalq/USP. O setor é que evita verdadeiros rombos na balança comercial brasileira desde a década passada.

O volume exportado pelo setor cresceu 8,12% de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2014. Mas houve recuo no preço em dólar de 18,7%, o que derrubou o faturamento em dólar em 12%, conclui o Cepea.

Os números mostram que, por pouco, o faturamento em real também não está recuando. Um aumento recente no volume exportado traz faturamento crescente, em 2,47%, na comparação com os nove primeiros meses de 2014. A variação segue negativa na comparação anual (out-set ante out/set), com índice de -0,81%. Comparando somente setembro com setembro, o faturamento das exportações do agronegócio aumentou 26,55% em real, mostra o relatório.

“Os pesquisadores concluem que estão se acentuando as tendências de queda dos preços internacionais e também de aumento de volume [exportado pelo Brasil]0”, diz o comunicado. Dos produtos exportados, somente o café, o açúcar e a carne bovina não registraram aumento no volume embarcado.

Entre os que se destacaram, estão o óleo de soja, com aumento de 20,4%, frutas (16,5%), suco de laranja (15,2%), milho (11,3%), soja em grão (11%), madeira (9,6%), celulose (7,9%), carne suína (6,8%), carne de aves (6,2%), farelo de soja (5,4%) e etanol (3,5%).

Os embarques de café tiveram ligeira diminuição (0,36%). Vendas externas das carnes bovinas (16,25%) e de açúcar (5%) tiveram quedas expressivas.

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