A deficiência logística do Brasil continua pesando no bolso dos produtores de soja. De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), são necessários US$ 92 por tonelada para o deslocamento da fazenda até o porto. O valor é quatro vezes o praticado na Argentina e nos Estados Unidos e 228% maior em relação à década passada, quando US$ 28/tonelada bastavam para escoar a produção
US$ 126/tonelada
São gastos por um produtor de soja de Sorriso (MT) para escoar a produção por Santos, distante 2 mil Km. Se os portos de Belém ou Miritituba (PA) tivessem condições de receber a produção de Sorriso, o custo seria de US$ 80/tonelada.
O reflexo disso é a perda da boa e velha competitividade do país na hora de exportar o grão. Um dos motivos do valor super inflacionado nos últimos anos é a falta de um sistema de logística compatível com a eficiência da produção “dentro da porteira”.
Um exemplo da carência de infraestrutura e logística no Brasil ocorre nas novas fronteiras agrícolas, que abrange parte do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, situados no Corredor do Arco Norte. Estas regiões respondem por quase 60% da produção nacional de soja e milho, gerando excedente de 64 milhões de toneladas para exportação. Entretanto, a falta de hidrovias, ferrovias, rodovias e portos obriga os produtores a deslocarem suas safras até os portos do Sul e Sudeste.
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