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troca de gestão

Homem forte do Porto de Paranaguá pede demissão após seis anos no cargo

Luiz Henrique Dividino deixa o cargo de diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) após seis anos. | albari rosa/gazeta do povo
Luiz Henrique Dividino deixa o cargo de diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) após seis anos. (Foto: albari rosa/gazeta do povo)

‘Homem forte’ do Porto de Paranaguá nos últimos anos, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, entregou o cargo no final da semana. A informação foi confirmada pelo diretor comercial da Appa, Lourenço Fregonese, que assume interinamente o posto a partir desta segunda-feira (2).

Fregonese explicou que, cumprido o trâmite de apresentação e avaliação de currículo, deve ser homologado oficialmente como substituto na próxima reunião do Conselho de Administração da Appa. Assim, ele deve seguir até o final do ano na função.

“Essa já era uma vontade do nosso presidente, que irá para a iniciativa privada. Para mim, é o melhor diretor de portos do Brasil. Mas somos uma equipe e o trabalho continua o mesmo. Hoje eu diria que o maior legado é a credibilidade do Porto com seus usuários”, afirma o novo diretor, que está há 16 anos atuando no Porto.

Fregonese busca dar tranquilidade ao mercado e afirma que dará prioridade à sequência de obras previstas no Porto. “Vamos seguir com as obras o berço 201, que devem começar em 20 dias e entregar mais do que 100% do que prometemos ao Governo do Estado”, destaca, referindo-se à ampliação do Cais Oeste do Porto, o que irá aumentar o embarque anual de grãos de 23 milhões de toneladas para 27 milhões de toneladas.

Legado

Dividino assumiu a função de diretor-presidente em 2012. Durante a gestão, o Porto de Paranaguá bateu recordes, especialmente em relação ao agronegócio, que responde por 70% da movimentação do local.

Em 2017, por exemplo, foram mais de 50 milhões de toneladas entre importações e exportações em um único ano, volume 25% maior que 2011. Desse total, 25 milhões de toneladas foram de produtos como grãos, madeira, açúcar, álcool, fertilizantes e carnes.

Ainda em relação ao volume de cargas movimentado, em 2016, foram 45,1 milhões de toneladas. Com isso, Paranaguá cresceu 11% em 2017. O Porto de Santos, segundo melhor desempenho no país, aumentou cerca de 5%.

Além disso, uma pesquisa encomendada em 2017 junto a multinacionais como Cargill e Bunge colocou o Porto de Paranaguá como o melhor do Brasil, na opinião de 83,3% das operadoras. O porto também pulou do 26º para o 1º lugar em qualidade de serviços ambientais, lembra o novo diretor-presidente do porto. Na oportunidade, a estrutura paranaense recebeu o Prêmio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) 2017 – Categoria “Desempenho Ambiental”.

“Temos duas histórias, uma antes e outra depois do Dividino. Só em licitações, foram quase 600 no período. Temos informatização das informações, sem uso de papel, nova iluminação, novos equipamentos, quatro novos shiploaders (carregadores de navios), entre outras obras. Mas temos que respeitar a decisão dele (o agora ex-diretor presidente)”, afirma Fregonese.

Em 2017, os principais produtos movimentados no porto foram do complexo soja, com mais de 16 milhões de toneladas, além da importação de cerca de 9 milhões de toneladas de fertilizantes, exportações de açúcar (4,5 milhões de toneladas) e milho (3,5 milhões de toneladas).

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