r$ 106 MILHÕES em dois anos
seriam suficientes para garantir o reconhecimento de 16 estados como área livre da Peste Suína Clássica (PSC), defende a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Investimentos criariam zona livre que detém 88% do rebanho suíno, 79% das matrizes alojadas e 96% dos abates com inspeção federal feitos em todo o país.
As cadeias da avicultura e suinocultura reforçam os cuidados com questões sanitárias para assegurar o crescimento nas vendas do setor em 2015, sobretudo para exportação. Embalado por epidemias recentes de gripe aviária e diarreia epidêmica suína em países da Europa e América do Norte, o setor corre atrás de novos clientes ao mesmo tempo em que amplia os cuidados domésticos. O tema pautou boa parte dos debates promovidos durante a primeira edição da Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína Animal (Fippa), realizada na semana passada em Pinhais.
“É um momento muito delicado, há muitos problemas sanitários em importantes países fornecedores. Isso deixa o mercado brasileiro mais confortável, mas não podemos ficar expostos ao mesmo risco”, argumentou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. Ele avalia que o setor pode faturar entre 3% e 4% a mais com as exportações nesse ano, puxado em grande parte pelo ganho de participação sobre novos clientes.
A preocupação se estende ao segmento de suínos, que celebra avanços como o reconhecimento internacional de Santa Catarina e Rio Grande do Sul como áreas livres da Peste Suína Clássica (PSC). Apesar disso, há cobrança por mais avanços. O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes defendeu que sejam desempenhadas ações para que mais estados recebam o mesmo status, de modo a evitar desabastecimento. Nas áreas livres o fluxo de animais é restrito, e não permite a entrada de animais oriundos dos estados sem a certificação. “Outros concorrentes brasileiros no exterior conseguiram o reconhecimento em âmbito nacional, o que representa uma vantagem para eles”, diz.
Há 14 estados que buscam o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) quanto à isenção da doença, mas os critérios internacionais demandam investimentos. Daí a necessidade de apoio público, defende Lopes. A ABCS estima que com um investimento de R$ 106 milhões em dois anos é possível resolver o problema o bloco, garantindo a capacitação de técnicos e a vacinação. “É um trabalho de ‘formiguinha’, porque em muitos estados a suinocultura não tem um peso muito expressivo na economia, reduzindo o interesse por investimentos”, aponta. A ação precisa ser complementada por controle rígido das áreas remanescentes, para que não haja contaminação, argumenta.
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