O 12.º Congresso Brasileiro do Agronegócio -- que ocorre nesta segunda-feira (5), em São Paulo (SP) -- pôs pressão sobre o governo federal por obras de infraestrutura (rodovias, ferrovias e portos). Enquanto enviados de Brasília admitem atrasos, representantes das cadeias da soja e do milho questionam, por exemplo, se existe estrutura e organização até para gestão dos projetos.
Para o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (a Abag, que realiza o congresso), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Brasil só vai deixar de ser menos competitivo que Estados Unidos e Argentina no sistema de exportação de commodities agrícolas para a China quando “virar o jogo”. Apesar dos projetos, dos anúncios de investimentos e do planejamento oficial, ele considera que no escoamento da produção houve pouca mudança no último ano.
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo, disse que o momento é de formação de estoque de projetos e de produção de editais. As ferrovias -- que concentram investimentos -- terão quatro ondas de ampliação, apontou. A primeira delas deve ”chegar à praia” em 2018 e a quarta em 2021. Ainda em 2013, no entanto, os investimentos estão sendo triplicados e devem passar de R$ 40 bilhões, sustenta.
"Existem atrasos, mas estamos aprendendo com eles. O grande avanço que vêm ocorrendo é o senso de urgência. Agora pelo menos temos cronograma", declarou Figueiredo.
Nos portos, os investimentos R$ 20,2 bilhões em 20 anos devem trazer mudanças positivas a partir do ano que vem, apontou. O setor vem sendo reestruturado e é considerado o principal gargalo logístico do agronegócio.
Nas rodovias, o governo pretende continuar apostando em concessões à iniciativa privada para duplicações e melhoria das condições de tráfego. O asfaltamento da BR-163, que vai permitir o escoamento da produção de Mato Grosso pelos portos do Norte e do Nordeste, estava previsto para 2010 e deve ser concluído em 2014.
A ampliação da estrutura de escoamento vai determinar o tamanho das lavouras, conforme o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paulinelli. “O Brasil produziu tecnologia própria para ganhar a batalha ou perder?”, indagou no congresso da Abag.
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