O escoamento da safra de verão deve começar na segunda quinzena de janeiro, antes do encerramento das exportações do milho safrinha 2013. O quadro sobrecarrega as rodovias do país, que dão vazão a 60% da produção de grãos.
A previsão é que 2 milhões de toneladas do cereal sejam levadas aos portos para embarque neste mês – volume suficiente para encher cerca de 55 mil caminhões. E em relação à soja, entre 44 milhões e 50 milhões de toneladas tendem a ser remetidos ao exterior em grão ao longo do ano – uma média de 4 milhões por mês, o suficiente para encher 100 mil caminhões.
O movimento nas estradas tende a aumentar também devido à entrada de 50 mil caminhões novos no transporte de cargas. O agronegócio ajuda a elevar a frota nacional de veículos pesados. Caminhões e carretas ultrapassam a marca de 3 milhões de unidades.
“A infraestrutura de estradas e portos é a mesma [da safra anterior]. A cadeia precisa ajustar o escoamento. Do contrário, teremos problemas e descontrole como na temporada passada”, ressalta José Hélio Fernandes, vice-presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC).
A empresa de transporte rodoviário Transvale, com sede em Cascavel, no Oeste do Paraná, reforçou a frota com 22 novos caminhões na expectativa do aumento de serviço. A partir de janeiro, os 92 veículos irão percorrer nove estados, inclusive os da nova fronteira agrícola do Centro-Norte brasileiro, onde ocorreu novamente expansão do plantio de soja neste verão.
“Nós enxergamos 2014 como um ano promissor. A demanda deve ser grande, tanto pelo aumento do campo como em função da Lei do Caminhoneiro que exige rodar menos tempo”, aponta o diretor da companhia, Ivo Ilário Riedi Filho.
Para o presidente da cooperativa Coamo, José Aroldo Gallassini, além da compra de novos veículos, o setor precisa desenvolver maneiras de otimizar o trabalhos dos caminhões. “Temos que achar uma forma de trabalhar 24 horas por dia. Trocar motorista em ponto de parada no meio da viagem é um exemplo”, aponta.
A Coamo possui 650 caminhões, 50 unidades a mais em relação à temporada passada. A frota é suficiente para transportar 40% da produção dos associados. O restante segue em carretas contratadas.
Com o aumento da produção e as regras que limitam o uso dos caminhões, o preço do frete de soja sofre reajustes. As transportadoras informam cotação de R$ 135 por tonelada no trecho entre Cascavel, no Oeste do Paraná, até o Porto de Paranaguá. No ano passado, o valor estava em R$ 125.
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