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O analista Eugênio Stefanelo, técnico da Conab e professor de pós-graduação, afirma que Paraná terá de investir pesado em secadores e silos. | Josua© Teixeira/gazeta Do Povo
O analista Eugênio Stefanelo, técnico da Conab e professor de pós-graduação, afirma que Paraná terá de investir pesado em secadores e silos.| Foto: Josua© Teixeira/gazeta Do Povo

A primeira etapa do Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio – que está discutindo armazenagem e escoamento da produção de grãos diante do contínuo aumento na colheita – mostrou que o Paraná tem um déficit de armazéns maior que o previsto. Nem todos os complexos que aparecem nas estatísticas recebem grãos, apontou Eugênio Stefanelo, analista do agronegócio que que abriu as atividades na manhã desta sexta-feira (1º de outubro) em Ponta Grossa.

Os armazéns instalados no Paraná podem receber 27,65 milhões de toneladas no Paraná, mas o espaço adequado a grãos limita-se a 23 milhões de toneladas, disse o palestrante. “Precisamos de armazéns para mais 12,5 milhões de toneladas, isso para termos espaço equivalente ao da safra anual de 36 milhões de toneladas [volume de 2012/13].” Se considerada a indicação técnica de que o ideal é a disponibilidade de armazéns para 1,2 safra, o déficit aumenta 20%, acresentou.

Os silos em funcionamento não seguem todos os parâmetros oficiais para armazenagem. Somente 2% do espaço podem ser usados para receber compras do governo, por exemplo. Isso está limitando as próprias operações de aquisição. “Onde vamos guardar volumes grandes de aquisições do governo federal?”, desafiou.

O Ciclo de Palestras associa a discussão de armazenagem com a dos financiamentos e a das exportações. Participam também palestrantes que representam o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e do Agronegócio Gazeta do Povo.

Em Ponta Grossa, Luiz Fernando Baena e Alexandre Accioly, do BRDE, mostraram que não faltam recursos para financiar armazéns. O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, contou que as filas de caminhões acabaram porque a chegada foi organizada, mas isso não significa que o gargalo do embarque tenha sido resolvido. O coordenador do Agronegócio Gazeta do Povo mostrou que a expansão da safra deu um salto de 65 milhões de toneladas em cinco anos e que novos recordes devem ser quebrados nas próximas temporadas.

Leia mais sobre a primeira edição do Ciclo de Palestras na edição deste sábado da Gazeta do Povo.

 

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