O mercado interno não reagiu ontem às notícias de interrupção no transporte de leite, carnes e grãos no Paraná. As cotações tiveram leves altas, num quadro de consequências ainda imprevisíveis. O dia foi de apelos, com lideranças do setor pedindo que a greve dos caminhoneiros seja solucionada o mais rápido possível.O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), por exemplo, pediu “diálogo urgente” entre governo e caminhoneiros, temendo “maiores prejuízos para as indústrias produtivas”. “A partir do momento em que a soja e o milho não chegarem mais nas fábricas de rações, o risco é de que fique comprometida toda a produção avícola do maior estado produtor e exportador de carne de frango do Brasil”, argumentou a instituição em nota.O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, disse que “os produtores estão pagando o pato pelas manifestações contra a política nacional”. Os prejuízos são “incalculáveis”, afirmou, apelando para o “bom senso” mas temendo o pior. “Os caminhoneiros querem tocar o movimento. A gente sabe quando começa, mas não sabe quando termina.”

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Sem frete115 milprodutores de leite, 30 mil suinocultores e 20 mil avicultores do Paraná podem ser afetados pela falta de transporte da produção ou pela interrupção de atividades nas indústrias de ração e carnes, estima a Faep.