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O fluxo de caminhões nas principais estradas de Mato Grosso é intenso e lembra o de início de colheita, apesar de a agricultura estar em pleno plantio de soja. Os técnicos e produtores entrevistados pela Expedição Safra relatam que a causa do movimento intenso é o milho.

Os caminhões saem do estado carregados com a produção da última colheita em direção aos portos de Santos e Paranaguá e voltam com fertilizantes para o próximo ciclo, que começa em janeiro.

Na BR-163, considerada a principal via de escoamento da produção do estado, acidentes com interdição de pista provocam quilômetros de congestionamento, principalmente entre o Médio-Norte e a capital Cuiabá. Trechos em obras também formam filas e os transportadores não têm como reclamar. Até porque vão depender ainda mais de boas condições de trânsito na colheita da soja, daqui três meses.

O tráfego deverá ser ampliado com as perspectivas de aumento nas exportações da soja mato-grossense. Neste ano, no acumulado de janeiro a setembro 10,3 milhões de toneladas do grão deixaram as fazendas do estado rumo aos portos, segundo dados do Instituto Mato-Grossensse de Economia Agropecuária (Imea).

Com a movimentação na rodovia, o gasto com frete também é afetado. Segundo Laércio Pedro Lenz, presidente do Sindicato Rural de Sorriso, o custo de transporte do milho praticamente dobrou em um ano.

"O maior problema da região hoje é a logística. Precisamos urgentemente da conclusão da BR-163 [há 400 quilômetros não-asfaltados entre Sinop e Santarém (PA)e de uma ferrovia", argumenta. O asfaltamento da via que rasga o Cerrado vai criar um novo corredor de exportação dos grãos produzidos em Mato Grosso.

A falta de medidas específicas para essa questão preocupa, mas Eduardo Godoi, Gestor do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), é otimista quanto às projeções futuras. "Na prática, está igual dez anos atrás, mas tem muita coisa saindo do papel."

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