A partir desta segunda-feira, 4 de junho, o Porto de Paranaguá aumenta sua movimentação de cargas líquidas (como combustíveis e óleo de soja) em 200 milhões de litros por mês. Um novo terminal – que absorveu R$ 200 milhões de investimentos nos últimos dois anos – começa a funcionar no porto paranaense, com operação automatizada e capacidade de armazenamento de 93,7 mil metros cúbicos.
Com forte produção agrícola e pecuária, as demandas do Paraná geralmente são associadas ao escoamento de grãos e carnes, em contêineres. Entretanto, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese, frisa a importância da diversificação. “O movimento de líquidos em Paranaguá aumentou violentamente de 2011 a 2017, cresceu 81%. Saímos de 4 milhões de toneladas para 7,7 milhões de toneladas”, afirma. “E não é só petróleo, mas óleo de soja, etanol e outros tipos de óleos e produtos químicos.
Teremos uma procura muito grande por Paranaguá. Antes chegou a faltar porto no Brasil. Agora damos um salto”.
Segundo o empresário Fabrício Slavieiro Fumagalli, da Companhia Brasileira de Logística (CBL), responsável pela obra, toda a operação para recebimento, expedição e armazenagem de derivados de petróleo, biocombustíveis e produtos químicos será feita por computadores e equipamentos que permitem a programação da carga desde a origem até o destino. Duas linhas em aço inox interligam o terminal ao píer público de líquidos para recebimento e expedição de produtos dos navios tanques.
“Investimos em tecnologia para oferecer aos nossos clientes maior segurança e confiabilidade no processo”, afirma.
O novo terminal utilizará o píer público de inflamáveis de Paranaguá e está licenciado para o recebimento de óleo diesel, biodiesel, etanol, metanol e gasolina, por exemplo. No local, será possível atracar navios de até 48 mil metros cúbicos.
De acordo com Fumagalli, com relação à infraestrutura, o terminal pode receber até 12 caminhões simultaneamente, além de contar com quatro plataformas ferroviárias, que permitirão operar 32 vagões ao mesmo tempo. “Estamos colocando em operação um terminal 100% automatizado, com a maior capacidade de movimentação ferroviária de Paranaguá e preparado para atender o mercado nacional e internacional”, ressalta.
Para Lourenço Fregonese, a obra será inaugurada em um momento de crise, mas reflete a necessidade de se investir em estratégias multimodais. “A capacidade de descarga de vagões é muito grande, importante ainda mais nesse momento”, pontua. “E aqui na Lapa, no Paraná, está sendo construída a maior fábrica de biodiesel mundo, então, estamos nos preparando para daqui a quatro anos. Ainda mais no meio de uma crise.”