Depois da longa fila de navios à espera para o carregamento de grãos deste ano, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) decidiu criar uma via expressa em alto-mar, para priorizar os transportadores marítimos que tiverem até três paradas programadas no Corredor de Exportação do estado. A norma 126, que foi acatada pelos operadores portuários após meses de discussões, deve entrar em vigor no dia 2 de janeiro de 2014. A medida pretende aumentar a produtividade dos terminais instalados no porto e, com isso, acelerar o escoamento dos produtos. Os navios que se enquadrarem às regras da fila expressa serão encaminhados a um berço exclusivo para a esta operação. Os outros dois disponíveis para carregamento de grãos em Paranaguá continuarão atendendo a fila de embarcações que fazem mais de três paradas.
A regra foi elaborada a partir de um levantamento que revela quantas manobras um navio graneleiro faz dentro do Corredor de Exportação, explica Luiz Henrique Dividino, superintendente da Appa. “Pegamos os últimos dez anos e fizemos as estatísticas. Na média, a maioria dos navios para em quatro terminais. Tem navio que faz uma parada e outros que fazem sete. E hoje todos ficam na mesma fila”, detalha. Ele acredita que o ganho de deve ser de 10%. Isso porque hoje há um desperdício de tempo entre cada parada. Segundo Dividino, a operação que inclui desativação e ativação de correias e shiploaders (carregadores), além de pesagem e manobras dos navios chega a durar quatro horas. “O que atrasa um navio é o número de paradas que faz no corredor”, conclui.
Incerteza
Os operadores portuários veem com bons olhos a iniciativa, mas a eficiência da norma ainda gera dúvidas entre os exportadores. “O que eu não sei é até que ponto um ou outro exportador poderá ser prejudicado, principalmente os que não têm terminal em Paranaguá”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. A dúvida está relacionada a um dos requisitos que permite um navio entrar na fila expressa. Uma embarcação com capacidade para 54 mil toneladas precisará carregar no mínimo 18 mil toneladas em cada parada no Corredor de Exportação. Uma reunião técnica entre exportadores e engenheiros da Appa está marcada para amanhã. A ideia é detalhar cada item da nova norma.
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