Enquanto a votação da medida provisória 595 e uma greve de trabalhadores deixam as operações conturbadas no porto de Paranaguá, o governo leva representantes ao interior para promover o terminal. Aproveitando a mobilização da Expoingá, no norte do estado, foi lançado em Maringá o projeto “Porto no Campo”, que visa estreitar as relações com o setor produtivo e coletar as demandas que direcionem novos investimentos.

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O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira (13), durante a feira. Agora as ações seguem pelo resto do estado, com reuniões previstas para mais seis cidades. O secretário da infraestrutura e logística do Paraná, José Richa Filho, destaca que a iniciativa visa conhecer melhor o perfil dos usuários do porto. O setor admite que o diálogo é benéfico para que sejam consolidados avanços na logística do estado.

Richa Filho assume que o projeto também é uma resposta a outras unidades como o Porto de Itapoá, que tem se aproximado com produtores paranaenses. “O Paraná ficou adormecido nos últimos anos, e isso talvez possa ter criado oportunidade outros tentarem ocupar esse espaço”, afirma. Ele aponta que o porto hoje é um dos pontos prioritários no investimento em infraestrutura.

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Além das apostas na ponta da cadeia, o secretário pondera que há necessidade de avanços nos modais ferroviário e rodoviário. “Estamos fazendo um trabalho caso a caso, mas sem perder a visão do todo”. A estratégia do governo inclui parcerias com a iniciativa privada, como a firmada recentemente junto ao setor sucroalcooleiro para a manutenção de estradas municipais no Norte do estado.

Sobre a polêmica quanto a MP dos Portos, que regulamenta as atividades nos terminais, Richa Filho diz que é preciso esperar uma definição, mas lembra que uma flexibilização quanto as licitações de área simplificaria o avanço nos investimentos em Paranaguá. “Entendemos que podemos fazer isso [as licitações] com mais agilidade do que o governo federal”, pondera.