![Protestos de caminhoneiros despertam críticas do agronegócio Várias rodovias estaduais e federais do Paraná estão com restrição no fluxo de caminhões. | Brunno Covello / Gazeta Do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/02/c0adeca4de63cfa1c3fa4683c0737cae-gpLarge.jpg)
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A paralisação de rodovias em virtude de protestos de caminhoneiros e transportadores começa a afetar o agronegócio e tem despertado críticas de algumas entidades representativas do setor. As principais preocupações são com o frete de cargas perecíveis, que não podem permanecer em trânsito por muito tempo. Também há questionamento de algumas reivindicações apresentadas pelos manifestantes.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indica que produtores e agroindústrias de aves e suínos estão enfrentando problemas para garantir o transporte dos insumos para a produção dos animais para o abate. Rodovias como a BR-282 (Santa Catarina) e a BR-153 (Rio Grande do Sul) estão bloqueadas, e são consideradas estratégicas para os principais polos de produção dos dois estados.
“As frentes sindicais que estão promovendo a greve precisam se sensibilizar quanto ao gravíssimo problema que podem gerar impedindo que cargas vivas, produtos perecíveis e insumos para as granjas. Animais podem morrer de fome e alimentos serão perdidos”, critica o presidente da associação, Francisco Turra.
Por meio de nota a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) critica os bloqueios na BR 163 e na BR 364, em Mato Grosso. A entidade informa que “apesar de entender e apoiar a reivindicação dos caminhoneiros visando à redução de custos, a Abiove considera ilegais as tentativas de tabelamento de preços dos fretes, pois contrariam o princípio da livre concorrência.”
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) declarou que "entende que as raízes desse movimento estão vinculadas aos desacertos e desarranjos da política econômica que vem sendo praticada nos últimos anos pelo governo federal." A entidade aponta que há prejuízos para toda a sociedade com a paralisação.
Histórico
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Os protestos, que assumiram caráter nacional, começaram a se intensificar na última quarta-feira (18). As principais críticas são a respeito do aumento no preço do óleo diesel e a redução nos valores do frete, que estariam trazendo prejuízos a atividade no país.
No Paraná, caminhoneiros e empresas de transporte pedem que a referência de preço mínimo usada para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja oficializada como tabela mínima de fretes no Estado. Também é solicitada a redução da carga tributária sobre o diesel de 17% para 12%.
A agenda nacional dos manifestantes pede que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) permita o refinanciamento de contratos firmados com as transportadoras, obtendo 12 meses de carência e ampliação de 12 meses no prazo dos contratos, mantendo as taxas de juro originais. Outro pleito é o de que a nova Lei dos Caminhoneiros (PL 4246/2012) seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff sem vetos.
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