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Porto paranaense acumula benfeitorias nos últimso tempos para atender aumento da demanda do mercado. |
Porto paranaense acumula benfeitorias nos últimso tempos para atender aumento da demanda do mercado.| Foto:

O potencial crescimento da safra brasileira 2015/16 não é motivo para tirar o sono dos operadores do Porto de Paranaguá. Segunda principal porta de saída de grãos, o complexo paranaense aposta nos recentes investimentos para suprir, mesmo que parcialmente, a demanda da próxima temporada agrícola. O país deve produzir mais de 210 milhões de toneladas de grãos e exportar mais de 50 milhões de toneladas só de soja.

Além disso, a otimização da operação deve contribuir para frear a queda na participação das exportações de granéis nos últimos anos. Se Paranaguá era responsável por escoar 25% da soja, milho e farelo de soja que deixaram o país em 2012, o índice caiu para 21% em 2013 e 2014.

De acordo com estimativa do Agronegócio Gazeta do Povo, o avanço na oleaginosa será de 3,7% em relação à temporada passada, colocando a produção nacional a beira dos 100 milhões de toneladas. No cereal de verão, as 32 milhões de toneladas devem se repetir.

“A situação de hoje [de Paranaguá] atende perfeitamente a demanda. Não vai passar por apuros, pois o aumento da safra será absorvido pelos portos do Arco Norte”, afirma o coordenador do Movimento Pró-Logística do Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira.

“Nosso objetivo é sempre aumentar a capacidade de produção. Como existem dias de chuva [quando as operações são interrompidas], precisamos trabalhar com capacidade maior [nos dias de sol] para compensar”, frisa o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, que projeta Paranaguá exportando até 7% mais granéis em relação a 2014, quando atingiu 16,7 milhões de toneladas de soja em grão, milho e farelo.

A aposta do executivo no aumento do potencial do complexo portuário tem lastro nos recentes investimentos. Dois dos quatro novos shiploaders (carregadores de navios) já estão em operação no Corredor de Exportação, onde atracam os graneleiros, desde o início do ano. A promessa é que a outra dupla comece a operar, no máximo, em fevereiro de 2016, mês que a colheita ganha ritmo e, consequentemente, as operações de embarque. “Os equipamentos 3 e 4 estão em processo de instalação. Tudo estará 100% em 2016”, garante Dividino. Serão mil toneladas a mais por hora – 500 toneladas extras por shiploader.

Paralelamente, a Appa executa o serviço de embrechamento dos berços de atracação. A profundidade, antes de 12,6 metros, passou para 13,8 metros. Com maior calado, os navios podem ser carregados com mais grãos sem o receio de tocar o fundo do mar.

Novos equipamentos

Outro investimento previsto é a compra de mais dois tombadores de caminhão para o silo vertical para acelerar a operação. “A ordem de serviço de compra já foi homologada. A expectativa é ter os equipamentos até o final da safra [junho de 2016]”, diz Dividino.

A otimização do Corredor de Exportação de Paranaguá traz alívio para as empresas que operam no litoral do estado e há décadas conviviam com uma estrutura ultrapassada. “Isso é parte do processo de revitalização de um ativo de mais de 40 anos. É um avanço que melhora a produção. Mas precisa continuar”, afirma o presidente do conselho de administração da Top Rocha, João Gilberto. “O porto trocou as torneiras, agora precisa trocar o encanamento”, complementa, em referência a necessidade de substituir as esteiras e roletes que chegam aos shiploaders.

No ano passado, a empresa investiu cerca R$ 120 milhões em quatro armazéns, além das esteiras até o cais, para ganhar produtividade.

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