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O cenário caótico dos armazéns das cooperativas pode piorar em 60 dias, quando começa a colheita da segunda safra de milho, prevista em 10,2 milhões de toneladas no Paraná, conforme levantamento da Expedição Safra Gazeta do Povo. Prevendo que os espaços para estocagem ainda devem estar tomados pela soja, as cooperativas do estado estudam soluções para armazenar o cereal. “O risco é evidente”, afirma o presidente da Integrada, Carlos Murate.

A Coamo, de Campo Moura, Centro Oeste do estado, irá utilizar as estruturas no Sul do Paraná, onde a segunda safra do cereal não tem tanta força. Porém, adotando essa medida, os custos serão inflacionados. “Pelo tempo que estamos sofrendo, os problemas de infraestrutura deveriam estar resolvidos. Mas não dá para morrer antes de levar o tiro. Vamos continuar lutando”, diz o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini. A empresa tem capacidade estática de armazenamento de 4,3 milhões de toneladas.

Outras alternativas devem ser adotadas, como o aluguel de armazéns de terceiros, uso de silos bag e/ou espaços não específicos para grãos, como na safra 2009/10, quando ginásios de esportes foram a solução.

Também não está descartado os ‘piscinões’ – quando o produto é coberto com lonas – comuns em estados quentes como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O atraso no trabalho de retirada do cereal das lavouras também não está descartado.

“Do jeito que a coisa está, as cooperativas não terão como receber a produção e será preciso pedir para os agricultores segurarem a colheita”, aponta Valentim Squisatti, gerente da C.Vale, de Palotina.

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