O porto de Santos registrou um recorde de movimentação de cargas no primeiro semestre de 2015, com crescimento de 4,3% ante 2014 impulsionado pelos embarques de importantes commodities exportadas pelo Brasil, como soja, açúcar e óleo combustível, além de produtos em contêineres.

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Os maiores volumes exportados -- que permitiram ao porto superar o recorde semestral que havia sido registrado em 2013, de 53,7 milhões de toneladas -- têm ajudado a evitar maiores problemas para a balança comercial brasileira, num momento de queda nos preços de produtos básicos, entre outros.

"O resultado foi ainda mais expressivo do que havíamos projetado e decorreu, principalmente, do aumento verificado nas exportações, que cresceram 6,1% em relação a 2014, disse o diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo, em nota.

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O complexo soja (que inclui soja em grão, farelo e óleo) foi o destaque no período, com embarques de 13,6 milhões de toneladas, alta de 3% ante o ano anterior. O açúcar, segunda carga de maior movimento em Santos, atingiu 7,2 milhões de toneladas, alta de 2,4% na mesma comparação.

Queda em ParanaguáNa contramão do terminal paulista o porto de Paranaguá perdeu fôlego nos embarques de soja em 2015. A exportação do grão pelo litoral paranaense totalizou 5,2 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano, ou 13,7% menos do que o mesmo período de 2014. Como consequência o porto de Rio Grande assumiu a segunda colocação no ranking de exportação nacional da oleaginosa, movimentando 5,5 milhões de toneladas no mesmo período (+12,7%).

Para o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, Paranaguá perdeu competitividade dentro da região Sul. “Em virtude do line-up de Paranaguá, exportadores buscam mais eficiência em outros portos”, aponta Mendes. “Rio Grande acaba sendo uma rota interessante no Sul do país”, acrescenta.