O acidente entre um navio brasileiro e um panamenho, ocorrido na última segunda-feira (10) no Porto de Santos (SP), sobrecarrega ainda mais as operações no principal corredor de exportação do país. Um dos dois shiploaders (equipamento responsável por levar os produtos por esteira até os porões das embarcações) do armazém 38 foi atingido e está desativado. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) ainda não recebeu nenhum pedido de socorro do porto paulista, mas não descarta a possibilidade de ter de absorver parte das cargas que deveriam ser despachadas pelo seu concorrente, porque têm prazo para chegarem em seu destino.

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No ano passado, 40,5 milhões de toneladas de açúcar, milho e produtos do Complexo Soja (grão, óleo e farelo) deixaram o país por Santos, volume correspondente a 56% da movimentação total do porto. Outras 30% das cargas foram movimentadas em contêineres.

O graneleiro de bandeira do Brasil teve falha no sistema de propulsão enquanto deixava o cais. Ele atingiu uma embarcação do Panamá, que chegava para carregar soja, e ainda fez cair ao mar uma peça fundamental para o funcionamento de um shiploader que estava nas proximidades do acidente. O equipamento, que custa em torno de R$ 700 mil, foi resgatado por mergulhadores no mesmo dia. A Capitania dos Portos de São Paulo (Codesp) abriu inquérito para apurar o acidente e deve concluir o trabalho dentro de 90 dias.

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