Para minimizar os problemas de armazenagem em Paranaguá, a empresa de logística Seara, sediada em Sertanópolis (Norte do estado), apostou na construção de um terminal rodoferroviário no litoral.Já em operação, o complexo, localizado a cinco quilômetros do porto, tem capacidade estática de armazenagem para 70 mil toneladas de grãos. Mais dois silos serão construídos no próximo ano, elevando a capacidade para 100 mil toneladas.A unidade funciona como um “pulmão”, descarregando produtos quando os outros terminais estão lotados e permitindo a movimentação de grãos mesmo com chuva – o porto interrompe as operações dependendo das condições meteorológicas. A unidade tem capacidade para movimentar 4,5 milhões de toneladas de grãos por ano.“Como existe a fila de navios, tendo a carga aqui facilita para entregar quando a embarcação atracar. Além de que podemos negociar carga com outras empresas que estiverem sem produto e o navio estiver prestes a encostar”, explica Victor Goltz, gerente de operações da Seara.
Cerca de 60% da movimentação feita pela Seara, das áreas produtoras até o litoral, é feita pelo modal ferroviário, garantindo agilidade. A empresa tem 1.250 vagões e uma locomotiva. A outra parte do transporte é via caminhão.
O investimento no negócio foi de R$ 50 milhões, sendo 30% de recursos próprios e o restante financiado pelo Banco Regional do Desenvolvimento Eco¬nômico (BRDE) e o Ban¬co Nacional de De¬sen¬vol¬vimento Econômico e Social (BNDES).
InteriorAlém de Paranaguá, a Seara tem outros três terminais ferroviários – dois no interior do Paraná e um em Mato Grosso. A capacidade estática da unidade de Londrina será ampliada de 70 mil para 100 mil toneladas. A obra, ao custo de R$ 15 milhões, deve estar pronta para a próxima safra de verão.
Na região de Maringá, a empresa optou pela construção de um novo terminal, já que o atual é arrendado. A nova unidade, prevista para o início de 2014, será no município de Marialva e vai movimentar 2 milhões de toneladas por ano.Outro projeto é a construção do terminal rodoviário de Rondonópolis (MT), previsto para 2014. No ano passado, a empresa inaugurou uma estrutura em Itiquira, no mesmo estado. Nesses dois casos, as cargas são enviadas para o Porto de Santos.
Movimentação de cargas cresce 75% em AntoninaA movimentação de cargas no Porto de Antonina cresceu 75% no primeiro semestre. De janeiro a junho, o terminal recebeu 50 navios, ante 21 no mesmo período do ano passado. Segundo a agência de notícias do governo estadual, o aumento do número de embarcações, somado à melhoria na produtividade, fez com o volume movimentado na primeira metade do ano subir de 433 mil toneladas em 2012 para 758 mil toneladas neste ano. O governo atribui o crescimento à dragagem de manutenção dos pontos críticos do acesso ao porto, que custou R$ 37 milhões.
A operação retirou cerca de 1 milhão de metros cúbicos de sedimentos, ampliando a profundidade para mais de 8 metros. “Há 15 anos o Porto de Antonina não recebia uma dragagem”, disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
Ainda segundo o governo, a reativação do Porto de Antonina permitiu a redução dos custos das filas em Paranaguá, que eram repassados diretamente ao produtor agrícola.
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