O país perdeu 531.765 empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, pior resultado desde 2002, início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. A redução das vagas está espalhada entre quase todos os ramos da atividade econômica.
No primeiro semestre, o comércio cortou 253.855 empregos. A indústria fechou 139.927 postos e a construção civil, 114.099 vagas. Apenas a agricultura e a administração pública abriram vagas de trabalho. O primeiro, criou 89.954 postos e o segundo, 18.790.
Em meio à retração generalizada da economia, o campo tem sido uma exceção. Com injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e câmbio favorável, o agronegócio, único setor que cresceu no País em 2015, vem conseguindo driblar os gargalos de infraestrutura e cravar sua competitividade no cenário internacional.
Os empregos na agropecuária no semestre são reflexos do bom momento do país nas exportações. Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MICS) mostram que, nos primeiros seis meses de 2016, o Brasil obteve superávit de US$ 23,6 bilhões na balança comercial, o melhor resultado em 28 anos. E o agronegócio foi o setor que mais contribuiu para o resultado, com 33,2% do total exportado. Entre os 10 principais produtos brasileiros enviados ao exterior no período, sete sairam do campo.
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