BNDES recomenda processo contra controladores e ex-administradores da JBS: Joesley Batista (foto), Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva| Foto: AYRTON VIGNOLA/ESTADÃO CONTEÚDO

Braço de participações do BNDES, o BNDESPar pedirá aos demais acionistas da JBS a abertura de processo de responsabilidade civil contra controladores e ex-administradores da companhia pelos danos causados “em razão dos atos ilícitos confessados” em delação premiada.

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O pedido será feito em assembleia de acionistas solicitada pelo próprio BNDESPar, que é o maior minoritário da empresa, com 21,3% de participação, e marcada ara o dia 1º de setembro.

Na noite desta segunda (14), o banco publicou em sua página da internet como votará nas matérias que serão discutidas em assembleia.

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Além do pedido para processar os controladores e os ex-administradores Joesley Batista, Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva, o banco quer a contratação de uma auditoria forense externa para quantificar os danos gerados à empresa e identificar se há outros responsáveis.

O pedido de convocação de assembleia foi anunciado pelo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, assim que assumiu o cargo, em junho. Ele tem o apoio de outros minoritários, que gostariam de retirar os irmãos Batista do comando da empresa.

Paulo Rabello chegou a falar em pedir o afastamento da família Batista. A proposta entregue à companhia, porém, pede um processo de responsabilidade civil.

Nesta segunda, ao divulgar o seu balanço, o BNDES anunciou que optou por não realizar o a revisão do valor das ações da JBS, o chamado “teste de impairment”, diante da grande volatilidade ainda provocada pelas delações.

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No documento publicado em sua página, o BNDES diz ainda que votará contra o aumento dos administradores, alegando que a proposta “carece de informações suficientes que justifiquem o substancial incremento de remuneração, não estando em linha com os princípios da transparência”.

A JBS aproveitou a assembleia para pedir um aumento de R$ 10 milhões na remuneração dos administradores, principalmente seus conselheiros, alegando que terão que participar de mais reuniões para implantar sistema de governança na empresa.