Mesmo com a economia encolhendo 3,6% em 2016, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) obteve um lucro líquido de R$ 117,6 milhões no ano passado. De acordo com o balanço divulgado pelo vice-presidente e diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti, nesta quinta-feira (30), em Curitiba, o banco garantiu R$ 3,28 bilhões em crédito para grandes e pequenas empresas dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Do total, R$ 819 milhões foram para agropecuária.
Segundo Pessuti, ao longo dos anos, o BRDE se consolidou como um dos principais agentes de fomento ao setor. Como exemplo, o vice-presidente citou o caso da C.Vale, que está construindo um abatedouro de frangos e em um frigorífico para peixes na região de Palotina. “Nós atuamos na construção de aviários, granjas, silos. Somos parceiros dos produtores. Há 55 anos, nós fomos os primeiros agentes financeiros a apostar nas cooperativas”, conta.
Com 41,6% do total de aportes (R$ 1,160 bilhão), o Paraná foi o estado com mais contratações. Segundo dados do balanço, houve crescimento nas operações de crédito com micros, pequenas e médias empresas. Os financiamentos para este segmento passaram de R$ 230,8 milhões em 2015 para R$ 314,2 milhões no ano passado. “Nós investimos em todas as áreas, gerando emprego, desenvolvimento. Nós participamos da revitalização do Espaço das Américas, no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu. Estamos participando da maior obra de saneamento do litoral do Paraná. Agimos em todos os setores”, explica.
O Banco fechou 2016 com 36 mil clientes em 1.095 cidades (91,9%) da região Sul. Ao todo, foram 7.262 novas operações de crédito. Segundo Pessuti, todo o lucro foi incorporado ao capital do BRDE.
Para 2017, o vice-presidente prevê o mesmo volume de contratação. “A economia não está totalmente recuperada. Temos muitos sinais de melhora, mas é preciso ter pés no chão”, afirma. Segundo o BRDE, até o momento, no Paraná, as contratações passam de R$ 156 milhões.
