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Carros e máquinas por alimentos: Japão e Brasil propõem acordo

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(Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

Representantes das indústrias brasileira e japonesa entregarão aos governos de seus países uma proposta para o início da negociação de acordo comercial entre o país asiático e o Mercosul. O documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, foi fechado em reunião entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a confederação industrial japonesa (Keidanren) nessa segunda-feira, 24.

Entre as sugestões está a eliminação da maioria das tarifas de importação e exportação em 10 anos. Pelo lado brasileiro, o documento defende a eliminação de tarifas no comércio de carne, frango, biodiesel, frutas, açúcar, etanol e têxteis. Os japoneses esperam a redução nas taxas sobre carros, autopeças, máquinas e equipamentos.

As indústrias defendem o lançamento das negociações na reunião do G-20 em novembro. Entre 2000 e 2017, as exportações do Mercosul para o Japão cresceram 136% e as importações de produtos japoneses pelo bloco, 31%.

Ao discursar na abertura da 21ª Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Tóquio, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, disse que o Brasil será atrativo para investimento japonês nos próximos anos, durante o processo de retomada do crescimento e futuras rodadas de concessões e privatizações. “Há grandes oportunidades de investimentos. Os recursos destinados, atualmente, representam, em média, 2% do PIB, quando deveriam ser de 5%”, observou.

Andrade lembrou que houve avanços institucionais importantes no Brasil, como a modernização das leis do trabalho e o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle e regulação, em linha com os princípios do livre mercado e da livre iniciativa. Segundo ele, embora o crescimento da economia tenha sido moderado, as reformas em curso e o aperfeiçoamento de marcos legais contribuirão para taxas de expansão econômica mais robustas nos próximos anos. “Após as eleições de outubro, esperamos ter um cenário mais promissor e de maior previsibilidade. Quem não investir no Brasil agora, perderá grandes oportunidades”, disse.

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