Às vésperas das novas projeções de safra para os Estados Unidos, as cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (9). A valorização da commodity está associada a previsão de perdas na produtividade das lavouras em algumas regiões do Corn Belt, o cinturão de produção de grãos no país. Há risco de inundações em propriedades que estão tentando evoluir com os trabalhos de colheita da temporada. O volume previsto, porém, deve impedir avanço das máquinas no campo e a tendência é que na próxima segunda-feira (20) os indicadores oficiais apontem mais atraso na retirada dos produtos.
Além do clima, a demanda internacional pela soja norte-americana também dá impulso aos preços. De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura do país (Usda),as exportações líquidas da temporada 2014/15 somaram 923 mil toneladas na semana encerrada em 2 de outubro – somente a China levou mais de 195 mil toneladas no período.
No acumulado do ano-safra, os produtores norte-americanos já negociaram o equivalente a mais da metade da produção esperada para este ano, ou cerca de 30 milhões de toneladas. A previsão é que o país exporte até o final de agosto do próximo ano 46 milhões de toneladas do produto.
ExpectativaA elevação das cotações futuras dos grãos na Bolsa de Chicago ignoram a expectativa de que o Usda promoverá novo aumento na oferta dos produtos. Relatório mensal de oferta e demanda que será divulgado nesta sexta-feira (10) deve trazer aumento de mais de 3 milhões de toneladas na estimativa de colheita de milho em relação ao mês passado e mais de 1 milhão de toneladas na projeção da produção de soja. Com isso, os norte-americanos indicam que podem retirar do campo 108 milhões de toneladas da oleaginosa e mais de 368 milhões de toneladas do cereal.
Acompanhe a divulgação dos números do Usda no Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP).