Com a responsabilidade de sustentar os superávits comerciais brasileiros e exportação de commodities para mais de 200 países, o agronegócio corre risco de ver a redução das suas exportações no mercado ocidental. Por isso, é preciso apostar na Ásia.
A recomendação é de dois especialistas em questões globais do agronegócio: Marcos Sawaya Jank, consultor da Agência para o Programa de Acesso a Mercados do Agronegócio e Alimentos (PAM-Agro), e Augusto Castro, gerente executivo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Em videoconferência com a diretoria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os executivos destacaram que a Ásia detém 61% do mercado consumidor global e que, por isso, é preciso apostar em cinco países, considerados os grandes consumidores do futuro: China, Índia, Indonésia, Japão e Coréia do Sul.
Além do agronegócio, “o continente asiático é também mercado para nossas tecnologias”, segundo o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. Para Jank, o ideal é diversificar: “Temos que exportar menos commodities e cada vez mais produtos com valor agregado.”
Neste sentido, o chefe da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia (SIM) da Embrapa, Elísio Contini, fez uma promessa para atender esse mercado promissor: “Vamos coordenar a partir do segundo semestre deste ano esses estudos qualificados sobre os produtos brasileiros voltados para a exportação, mobilizando observatórios, unidades, portfólios e arranjos”.
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