A primeira leitura do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do ano apresentou alta de 0,6% no grupo Alimentação. Contundo, o avanço está aquém do que a sazonalidade sugere.
A avaliação é do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Historicamente, os alimentos in natura têm aumento mais forte, mas a alta está espalhada, afetando vários itens da cesta básica. Houve avanço nos preços de carnes, pescados, aves, açúcar e pães”, citou. “Porém, a magnitude da alta está mais branda do que em outros períodos”, diz.
Na primeira medição de janeiro de 2017, a taxa de alimentos fora de 0,75% e de 1,41% em igual período de 2016. O IPC-S, por sua vez, saiu de 0,21% no fim de dezembro de 2017 para 0,31% na primeira leitura deste mês.
A tendência, segundo Braz, é que o grupo de alimentos continue com taxa positiva nas próximas leituras e, junto com a classe de despesa de Educação pressione o IPC-S do mês, para o qual espera uma taxa de cerca de 0,40%. Se essa estimativa for confirmada, ficará menor que a taxa de 0,69% de janeiro do ano passado e maior que a de dezembro de 2017, de 0,21%. “Alimentação e Educação vão acelerar. Por outro lado, a queda esperada em energia deve compensar esse avanço”, diz.
A expectativa do economista é que o item tarifa de eletricidade sofra redução em torno de 5% em razão da mudança de bandeira vermelha 1 para verde, sem custo extra aos consumidores.
Já para o segmento de cursos formais, que entra no grupo Educação, a alta estimada é de aproximadamente 8,00% o que, se for confirmada, ficará menor que apurada em janeiro de 2017 (9,80%).
Na primeira quadrissemana deste mês, a taxa de cursos formais atingiu 1,19% na comparação com variação zero no fim de dezembro.
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