Com a pesquisa mais enxuta (o tempo caiu de 1h20 para 40 minutos), foi possível otimizar o trabalho e viabilizar o orçamento.| Foto: Divulgação/

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou a realização do Censo Agropecuário 2017. Ao todo, serão 26 mil trabalhadores contratados por cinco meses em todo o Brasil (1.849 somente no Paraná), com salários que vão de R$ 1,5 mil a R$ 4 mil. Os editais de contratação serão lançados na próxima segunda-feira (10) e no dia 24 de abril. De acordo com o IBGE, a pesquisa será feita em 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários no país (no Paraná, serão 372 mil), começando em outubro de 2017 e terminado em fevereiro de 2018. O investimento total é de mais de R$ 700 milhões (R$ 505 milhões em 2017 e o restante na conclusão do projeto, no ano que vem).

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Falta de verba

O último censo foi concluído em 2007 e o plano inicial era refazer o estudo a cada cinco anos, no entanto, por falta de verba, o projeto acabou sendo adiado. Dez anos depois, com uma transformação radical no campo, em que a soja se tornou a principal vitrine do agronegócio brasileiro com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC). O país se tornou o maior exportador mundial da oleaginosa: em 2007, exportávamos 21,97 milhões de toneladas, totalizando US$ 6,7 bilhões; no ano passado, os embarques chegaram a 51,58 milhões de toneladas, rendendo US$ 19 bilhões à balança comercial brasileira.

A confirmação veio após uma série de dúvidas acerca do orçamento, no começo estimado em R$ 1,63 bilhão, mas que caiu praticamente pela metade. Com isso, o número de trabalhadores temporários também foi reduzido, passando de 82 mil para 26 mil, e o questionário também foi enxugado. O plano agora é implementar uma pesquisa anual por amostragem a partir de 2019, para complementar os dados do censo. Além disso, com a pesquisa mais enxuta (o tempo caiu de 1h20 para 40 minutos), foi possível otimizar o trabalho e viabilizar o orçamento.

O objetivo do estudo é entender a dinâmica atual nas propriedades rurais, como o número de pessoas que vivem e trabalham no campo, quais atividades desempenham, além do acesso à tecnologia (telefone e internet) nas áreas rurais.