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Soja será um dos produtos beneficiados, caso o acordo seja assinado. Brasil e Argentina são dois grandes produtores do grão. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Soja será um dos produtos beneficiados, caso o acordo seja assinado. Brasil e Argentina são dois grandes produtores do grão.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Após o Mercosul finalizar, em dezembro, uma proposta para negociar a liberação do comércio com a União Europeia, cabe ao bloco europeu mostrar “disposição” em avançar na discussão. O desfecho desta negociação é esperado, por parte do governo brasileiro, para o primeiro trimestre deste ano. A avaliação é do embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, à frente de temas da América do Sul, Central e Caribe no Itamaraty.

O diplomata criticou ainda a “demanda extemporânea” da União Europeia em defender uma ampliação dos termos propostos pelo Mercosul (eliminação das tarifas sobre 87% do comércio entre os blocos).

“Isso é uma tática negociadora antiga e conhecida. Na verdade quem está um pouco inadimplente é a União Europeia. Da parte do Mercosul, a prioridade e a disposição estão claras. Acho que cabe agora à União Europeia demonstrar isso”, diz o embaixador.

Ida a Argentina

O tema estará na agenda de encontros que o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) terá nesta quinta (14) na Argentina, primeira viagem do chanceler neste ano. Ele terá reunião com a chanceler argentina, Susana Malcorra, além de outras autoridades.

Para Estivallet, este é um “momento propício para a retomada de contatos”, em referência ao governo de Mauricio Macri, recém-empossado. A ida de Vieira deve ser seguida, nos próximos meses, de encontros de autoridades em áreas como agricultura, educação e comércio. Na visão do Itamaraty, há disposição dos dois países em “eliminar travas”.

“A relação comercial sofreu um pouco nos últimos anos, em parte pela conjuntura econômica. Mas houve alguns obstáculos de ordem administrativa ao comércio e o governo argentino vem dando sinais concretos para rever medidas que mais dificuldades criavam ao comércio”, afirma.

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