As férias coletivas podem se estender por mais dez dias.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A unidade de bovinos do frigorífico Minerva de Várzea Grande, em Mato Grosso, entra em férias coletivas a partir da terça-feira, 4, por um período de 20 dias. Segundo a empresa, o motivo é uma parada de rotina para manutenção de maquinários e instalações. De acordo com o site do frigorífico, a fábrica tem capacidade de abate de 1.500 cabeças por dia e de 1.100 cabeças para desossa.

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Esta paralisação deve adicionar mais pressão ao mercado pecuário do País que foi fortemente abalado pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal. Como consequência desta ação, por exemplo, a JBS concede a partir desta segunda férias coletivas de 20 dias para 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil - uma em São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará.

As férias coletivas podem se estender por mais dez dias. Segundo a empresa, a medida é necessária em virtude das suspensões temporárias impostas à carne brasileira por alguns dos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno nos últimos dez dias. O Minerva não foi citado na Operação Carne Fraca.

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Mercado pressionado

Os preços dos animais vivos prontos para o abate tiveram forte recuo desde a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março. Em Mato Grosso, o preço da arroba caiu de 2% a 4% do dia 16 para o dia 28 de março, reduzindo de R$ 126,81 para R$ 123,11 em média no Estado, segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirma que alguns pecuaristas relataram redução de até 10% no valor da arroba em 12 dias, passando de R$ 126 para até R$ 113 em algumas regiões como no norte e noroeste do Estado.