A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que “nunca se vai conseguir” uma tabela justa de frete. Por isso ainda não há a tal “tabela justa”, comentou a titular da Pasta durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja, em Apucarana, no Paraná. A declaração foi divulgada no período da tarde desta quinta-feira, 24, na conta do Twitter do Ministério da Agricultura.
Ela declarou ainda que a iniciativa privada não precisa da tabela do frete, ou num cenário de livre mercado, como o brasileiro. “Não é o instrumento melhor (o tabelamento do frete)”, disse. “E a negociação (sobre o tabelamento) continua no governo.”
Demarcações
No Paraná a ministra confirmou que toda a parte fundiária da Fundação Nacional do Índio (Funai) vai migrar para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conforme foi publicado hoje na página do Twitter do Ministério da Agricultura.
Em vídeo postado na rede social, no qual aparece também o governador do Paraná, Ratinho Jr., a ministra garantiu, ainda, que todas as leis serão respeitadas na demarcação de eventuais novas terras indígenas. “Se acharmos uma tribo nova cuja área precisa ser demarcada, é claro que nós vamos ver isso com muito cuidado”, disse. “Isso está na Constituição.”
Tereza Cristina advertiu que, da maneira como se coloca hoje, “parece que o governo (do presidente Jair) Bolsonaro não vai cumprir a lei”. “Ledo engano. Ele vai cumprir a lei. Mas vai cumprir como ela deve ser cumprida, não atendendo a determinados ideologismos que trazem só injustiça”, completou.
No governo de Jair Bolsonaro, a Funai, que antes estava abrigada no Ministério da Justiça, passou a fazer parte do Ministério da Agricultura. Já o Incra, uma autarquia, fazia parte da Casa Civil no governo do ex-presidente Michel Temer e também foi transferido para a Agricultura.