Exportações de soja, farelo e óleos via Porto de Paranaguá em 2018 resultaram em novo recorde de movimentação, destaca Associação de Portos de Paraná e Antonina (Appa).| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Porto de Paranaguá acaba de encerrar o consolidado do ano de 2018. Com recorde de movimentação batido três dias antes do fechamento do ano, o porto movimentou até 31 de dezembro 53,025 milhões de toneladas. A informação foi obtida em primeira mão pela Gazeta do Povo.

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O carro-chefe, de longe, foi a soja. De 11,4 milhões de toneladas exportadas do grão em 2017, o número aumentou 35%, fechando em 15,36 milhões de toneladas de soja enviadas para exportação em 2018, informa a Associação de Portos de Paraná e Antonina (Appa).

Outro destaque foram os derivados do produto. Os farelos (o que inclui farelo de soja) aumentaram as exportações em 20%: de 4,5 milhões de toneladas em 2017 para 5,46 milhões em 2018. Já óleos vegetais somaram 1 milhão em exportações no ano contra 935 mil há dois anos.

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“Tivemos um movimento muito forte de crescimento de safra, e o problema da China com os Estados Unidos fez com que a China se voltasse à América do sul. Como o Brasil teve essa safra recorde, todos os fatores ajudaram na questão comercial, e o porto estava aparelhado para dar encaminhamento a essa demanda”, afirma Lourenço Fregonese, que entregou nesta quarta (2) o cargo diretor presidente da Appa a Luiz Fernando Garcia da Silva.

Exportações e importações: Porto de Paranaguá em 2018

Ao todo, a Appa divulgou que o porto importou 19,2 milhões de toneladas, contra 18,8 milhões no ano passado - crescimento de 2%. Em exportações, o total foi de 33,7 milhões contra 32,6 milhões - avanço de 6%.

A maior movimentação de cargas foi de granéis sólidos, com 35,4 milhões de toneladas. As cargas de granéis líquidos fecharam o ano em 7 milhões de toneladas movimentadas e as gerais em 10,5 milhões de toneladas.

A maior queda aconteceu nas exportações de milho via Porto de Paranaguá em 2018: 1,09 milhão de toneladas contra 3,55 milhões de toneladas em 2017. Isso significa queda de 69%, algo considerado normal pelo ex-diretor da Appa:

“Foi uma questão de preço e quebra de safra [de inverno], além da forte demanda do milho para ração animal demanda: foi dada essa prioridade”.

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Segundo Fregonese, caso o clima ajude, o Brasil deve ter uma nova quebra de safra, o que pode trazer um novo recorde de movimentação no Porto de Paranaguá: ele estima que o número pode variar entre 56 e 59 milhões de toneladas movimentadas.

Para o executivo, um dos maiores ‘saldos’ para a nova gestão é a dragagem de manutenção, pronta e licitada para uso nos próximos 5 anos, o que deve apoiar a movimentação do porto por ampliar a área de navegação e facilitar o acesso de navios mais modernos ao porto. A Appa tem reservados R$ 403 milhões para esse trabalho.