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Fábrica visitada por Putin produziu  6500 tratores e colheitadeiras em 2017 | Presidência da Rússia/
Fábrica visitada por Putin produziu 6500 tratores e colheitadeiras em 2017| Foto: Presidência da Rússia/

Durante visita à fábrica de maquinários agrícolas Rostselmash, na cidade de Rostov-on-Dom, nesta sexta-feira (02/02), o presidente russo Vladimir Putin disse que pretende começar uma carreira na agricultura, caso perca as próximas eleições.

O presidente russo fez o comentário, em tom de brincadeira, sentado à frente de um simulador de colheitadeira. Se as coisas não forem bem na eleição, “vou começar a trabalhar em cima de uma colheitadeira a partir do dia 18 de março”, disse Putin. “Sem problemas, sem problemas”, concordou o CEO da fábrica, Konstantin Babkin.

Ainda que estivesse falando sério, há poucas chances de Putin trocar o Kremlin pela vida rural. No ano passado ele se tornou o líder russo há mais tempo no cargo, depois de Joseph Stalin. E apesar de só confirmar em dezembro que iria concorrer às eleições, as pesquisas indicam que ele deverá vencer com folga.

A última pesquisa da VTsIOM, por exemplo, aponta que 69,9% dos russos dizem que vão reeleger Putin na eleição de março. Curiosamente, o adversário mais bem posicionado nas pesquisas é um agricultor – Pavel Grudinin, candidato do Partido Comunista da Rússia, que tem 6% das intenções de voto.

Em discurso parecido com o de Donald Trump, Putin disse trabalhar por criação de empregos dentro do paísPresidência da Rússia

O opositor mais ferrenho de Putin, Alexei Navalny, está banido da disputa. Enquanto parte da oposição sugere boicotar a votação, questionando sua legitimidade, outros entendem que seria melhor apoiar críticos do governo, como Grudinin ou a jornalista Ksenia Sobchak.

Discurso nacionalista

Na conversa com os diretores da fábrica de maquinário agrícola, Putin comemorou o aumento de 230% nas vendas, que incluem embarques para 37 países. “Lembro que em 2008, quando era primeiro-ministro, fui muito criticado por decisões envolvendo apoio a esta montadora, diziam que não eram medidas liberais, que não estavam focadas no mercado”. “Mas não acho que violamos qualquer acordo internacional, inclusive em relação à Organização Mundial do Comércio. Naquelas condições (crise financeira internacional), quase toda nação pensa, primeiramente, na sua indústria e nos empregos interno, e não em promover empregos lá fora. E foi isso que fizemos, deliberadamente”, afirmou.

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