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| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

O aumento dos volumes e dos preços do algodão, da soja e do tomate ajudaram a agropecuária a recuperar R$ 10 bilhões do Valor Bruto da Produção (VBP) estimado para 2018. É o que aponta revisão da estimativa do VBP divulgada nesta terça-feira (17/07) pelo Ministério da Agricultura.

O VBP está estimado agora em R$ 562,4 bilhões. Uma queda de 1,91% em relação aos R$ 573,4 bilhões obtidos em 2017, mas 1,88% superior aos R$ 552 bilhões estimados no último levantamento, divulgado em junho. Em nota, a pasta destacou que, do total, o segmento agrícola representará R$ 383,3 bilhões (-0,29% ante 2017) e a pecuária, outros R$ 179,1 bilhões (-5,21%).

“Os preços agrícolas, que estão menores do que no ano passado, junto ao decréscimo de produção para alguns setores, são as causas ligadas a esse desempenho”, avalia José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério. Segundo ele, a pecuária vem atravessando um período difícil, de preços domésticos e internacionais em queda, e isso reflete-se nos resultados do VBP.

No segmento agrícola, produtos como cana-de-açúcar, milho e mandioca, que representam 22% do VBP, têm registrado menor contribuição em relação ao ano passado. Especificamente nos casos da cana e da mandioca, isso se deve a preços menores que estão sendo praticados no mercado. “Quanto ao milho, os valores estão em média acima dos de 2017, mas a forte redução de produção forçou para baixo seu VBP”, justifica a pasta.

Quanto aos produtos que alavancaram a revisão para o VBP total, em relação à estimativa anterior, destaca-se o algodão, soja, café, tomate e trigo, que respondem por 37% do faturamento de 2018. Quando comparados ao desempenho de 2017, os acréscimos obtidos são no algodão, 38,7%; soja, 9,5%; tomate, 25,2%, trigo, 63,4%; café, 9,2%. Os três primeiros vem apresentando aumentos de preço e de produção.

Ranking

O Mato Grosso é o estado que contribui com o maior percentual no VBP brasileiro, com R$ 83,33 bilhões, seguido por São Paulo, com R$ 71,55 bilhões, Paraná, com R$ 68,19 bilhões, Minas Gerais, R$ 56,85 bilhões e Rio Grande do Sul, R$ 49,97 bilhões.

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