Após incertezas e desencontros, os 400 aprovados no concurso do Instituto Paranaense de Assistência Técnica (Emater), realizado no dia 2 de junho de 2014, têm uma data de convocação definida para assumir seus postos de trabalho. Nesta quarta-feira (16), o secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, confirmou, por meio de uma rede social, que foi definido um cronograma para os trâmites burocráticos até a nomeação dos profissionais, marcada para 1ª de março de 2016.
Conforme antecipou o Agronegócio Gazeta do Povo no início deste mês, a convocação esbarrava em questões financeiras. A falta de dinheiro nos cofres do governo estadual inviabilizou a contratação dos profissionais logo após a homologação do concurso realizada há 14 meses pelo governador Beto Richa. Na época, a Secretaria Estadual da Fazenda confirmou que “a contratação de novos funcionários depende de disponibilidade orçamentária.”
De acordo com a mensagem postada por Ortigara, as duas secretarias – Agricultura e Fazenda- chegaram a um acordo e, consequentemente, um calendário foi definido. Até o final deste mês, a Emater irá lançar o Plano de Demissão Voluntária (PDV) para estimular a saída de parte dos técnicos em atividade. O PDV irá durar cerca de cinco meses, período em que os atuais profissionais interessados poderão aderir ao processo. No dia 29 de fevereiro do próximo ano, o governo estadual fará a rescisão dos interessados em deixar o órgão e o pagamento da 1ª parcela do acerto financeiro. No dia seguinte, os aprovados começam a ser chamados.
A validade do concurso da Emater termina em 2 de julho de 2016.
Indignação
Nos últimos meses, os aprovados no concurso da Emater demonstraram indignação com a falta de informação por parte do governo estadual. Muitos reclamaram que, após a entrega dos exames médicos no final de 2014, mais nenhum notícia sobre as próximas etapas do processo de convocação foi divulgada. A incerteza em relação ao futuro não permitia que os aprovados, muitos de outras cidades e até estados, executassem planos.
Outro motivo de críticas era o fato dos 169 aprovados no concurso da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), realizado na mesma data do da Emater, terem sido convocados. A justificativa era de que o Paraná precisava reforçar a fiscalização para ser reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação. Apesar do esforço. A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) confirmou a vacinação de novembro, pois nem todas as medidas visando o status internacional foram implementadas.
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